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"Não consigo namorar, tenho bloqueio", desabafa Pabllo Vittar

Pabllo Vittar falou sobre sua vida amorosa - Reprodução
Pabllo Vittar falou sobre sua vida amorosa Imagem: Reprodução

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

06/02/2019 11h54

Pabllo Vittar confessou que não leva muito jeito para namorar sério. Em entrevista ao programa "Morning Show" desta quarta-feira (6), a cantora disse que está solteira há muito tempo, e que embora tenha se relacionado com diversas pessoas nesse período, não conseguiu engatar um romance fixo.

"Estou solteira há mais de quatro anos. Não consigo namorar, acho que tenho um certo bloqueio. Eu sofri uma traição que me levou a escrever open bar. Foi com um menino do meu colégio, ele me traiu com um menino que estudava comigo. O menino chegou: 'Sou seu amigo, tenho que te contar. Fiquei com seu namorado'. Falei: você não é meu amigo não", desabafou ela.

Ela também contou que sua sexualidade nunca foi um problema para sua família, que a aceitou logo cedo. "A minha condição sexual nunca foi um tabu na minha casa. Minha mãe sempre soube quem eu era, a pessoa que ia ser. Na minha casa eu não fui a pessoa que falou 'sou gay', minhas já falou 'eu sei'. Se hoje eu sou uma pessoa forte, confiante, e que consegue fazer o trabalho que eu faço é por ter tido uma estrutura familiar muito forte", contou.

Preconceito e fake news

Pabllo também respondeu o que, na sua visão, é responsável por ela ser alvo de comentários preconceituosos e até mesmo de fake news envolvendo seu nome. "O país não está preparado para artistas LGBTQ que deem a cara à tapa e que falem a e verdade. Você pode ser gay, você pode cantar, desde que você seja heteronormativo e não fale as coisas que eu falo. Ninguém quer ouvir essas coisas, que a travesti morreu, que o gay foi assassinado, disse ela.

A cantora também enfatizou que não se deixa abalar pelo preconceito que enfrenta e que vê na sociedade brasileira: "Esse ódio só me dá um input para levar o meu trabalho cada vez mais longe, para lugares que precisem da minha mensagem. A gente tem que falar, isso [preconceito] está aí, e acontece todo dia. Enquanto receber mensagens do tipo: 'fui expulsa de casa' ou 'apanhei no colégio', eu vou falar disso, sim!".