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Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero

Gisele Alquas

Do UOL, em São Paulo

11/02/2019 13h50

Resumo da notícia

  • Jornalista de 66 anos voltava de uma palestra em Campinas
  • Aeronave tentou pouso forçado, mas colidiu com um caminhão
  • Às lágrimas, José Luiz Datena confirmou morte ao vivo na Band
  • Presidente Jair Bolsonaro lamentou perda: "Sempre tive respeito"
  • Boechat deixa seis filhos, de dois casamentos

O jornalista Ricardo Boechat, do Grupo Bandeirantes, morreu aos 66 anos em um acidente de helicóptero nesta segunda-feira (11), na Rodovia Anhanguera, em São Paulo. A informação foi confirmada ao vivo, na Band, pelo apresentador José Luiz Datena. O piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci, que tentava fazer um pouso de emergência quando foi atingida por um caminhão, também morreu no acidente.

Pela manhã, Boechat havia participado de um evento de um laboratório farmacêutico em Campinas e retornava para o heliponto da Band na hora da queda. O acidente com o helicóptero envolveu também um caminhão e ocorreu por volta do meio-dia, logo abaixo do quilômetro 7 do viaduto do Rodoanel, no sentido rodovia Castelo Branco, na Grande São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, os ocupantes da aeronave morreram na hora. A Força Aérea Brasileira informou em comunicado que apura as causas do acidente.

Datena anuncia ao vivo a morte de Ricardo Boechat

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Âncora do Jornal da Band e da BandNews FM, Boechat teve passagens pelos principais jornais do país, como "O Globo", "O Dia", "O Estado de S. Paulo" e "Jornal do Brasil". Ganhou três prêmios Esso, um dos maiores reconhecimentos no jornalismo profissional, e foi o único a vencer em três categorias do Prêmio Comunique-se  (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV). Também foi eleito o jornalista mais admirado na pesquisa do site Jornalistas&Cia em 2014, que elencou os 100 principais profissionais do mercado.

Ricardo Boechat iniciou sua carreira na década de 1970 como repórter do extinto jornal "Diário de Notícias". Em 1983, foi para o jornal "O Globo" e quatro anos mais tarde chegou a ocupar a secretaria de Comunicação Social no governo Moreira Franco, mas voltou para o jornal da família Marinho em 1989, como editor da coluna "Swann", que mais tarde, foi transformada em "Boechat". Ele também mantinha uma coluna semanal na revista "Isto É". 

Nascido em Buenos Aires, Boechat era casado com Veruska Seibel, de 46 anos, desde 2005, e tinha duas filhas com ela: Valentina, 12, e Catarina, 10. Ele deixa outros quatro filhos: Bia, 40, Rafael, 38, Paula, 36, e Patricia, 29, frutos do casamento com Claudia Costa de Andrade.

No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte de Boechat: