Rafael Ilha anuncia volta do Polegar e relembra namoro com Simony
Jonathan Pereira
Colaboração para o UOL
22/02/2019 11h48
Rafael Ilha falou de seu passado com drogas, o namoro com Simony e anunciou a volta de parte do grupo Polegar, no "Sensacional" de quinta-feira (21). O cantor pretende matar a saudade dos fãs, 30 anos após a formação original.
"São 30 anos de Polegar, estive com o Alex [Gill] e vamos fazer um 'Polegar Celebration' monstro. Na pegada rock n'roll, os dois vocalistas do Polegar. Temos uma roupagem bem bacana para as músicas, ficou bem interessante, e vamos fazer algumas apresentações", contou o campeão da última edição do reality "A Fazenda", na Record.
O romance com Simony também foi relembrado. "A gente se conhecia, mas fui namorar a Simony na época do Polegar. Foi engraçado, sempre fui fã do Balão Mágico. Ela estava apresentando um programa no SBT, nos aproximamos e tivemos um affair. Era bem ciumenta", recorda.
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Na biografia "As Pedras do meu Caminho", Simony comentou o namoro. "Ele foi o meu primeiro namorado e tinha cara de príncipe encantado! A gente estava dançando e ele perguntou: 'vamos namorar?', e eu respondi: 'tá bom!'. Simples assim, Éramos duas crianças, ficávamos de mãos dadas, durante um tempo, não tinha beijo ainda!", disse para Sônia Abrão, que escreveu o livro sobre a vida do ex-Polegar.
Vício
Ilha falou sobre sua chegada ao fundo do poço. "O que me levou para a droga foi primeiro a curiosidade. Já conhecia álcool e maconha, mas experimentei cocaína a primeira vez com uma namoradinha mais velha. Me tornei um dependente imediatamente. Com 15 anos tive a primeira de mais de 30 internações por causa de cocaína e crack".
Ele chegou a mudar de cidade para tentar se livrar do vício. "Saí de São Paulo porque no Rio não tinha crack, mas acabei indo para a cocaína novamente e virei soldado do tráfico. Passei um ano no tráfico no Rio, fui baleado em troca de tiros com a polícia, tomei um tiro nas costas", relembra.
O cantor contou como se sentia. "Não tinha medo de morrer. Quando você está no grau de dependência química que cheguei, perde o amor próprio. Eu não pensava em mim, não me amava. Como vou pensar na família, no meu trabalho? Queria era me drogar, fazia tudo pela droga".
Apesar disso, a consciência não o abandonou nesse período. "Por mais drogado e alienado que esteja, você sente vergonha, arrependimento, tudo. Eu era um drogado, viciado, noia, mas a consciência funcionava perfeitamente".
Ele chegou a tentar se matar. "Não aguentava mais a escravidão do crack, eram 13 anos de escravidão seguidos. Não conseguir me libertar daquela situação me afligia muito. Ano passado fiz 18 anos de sobriedade", comemora o cantor, hoje com 45 anos.