Musa do R$ 1 milhão, Bettina não gasta com roupa de grife e revela seu luxo
Quem vê Bettina Rudolph com seu mais de R$ 1 milhão de patrimônio acumulado pode pensar que a jovem de 22 anos gasta seu dinheiro com roupas e acessórios de grife. Mas comprar uma blusinha de R$ 1.000, por exemplo, não está na sua lista de prioridades.
"Imagina, nunca. Sou muito pão duro no meu dia-a-dia", afirmou Betinna ao UOL. "Não tenho [roupas caras]. Gosto de moda, de roupa bonita, que eu me sinta bem. Mas não gasto com isso. Busco lojas mais baratas porque roupa muito cara não se paga pela peça, mas pela grife", complementou.
A jovem ficou famosa ao estrelar na semana passada uma peça publicitária da consultoria de investimentos Empiricus Research, que afirma ter transformado R$ 1.542 em seu primeiro milhão, em três anos. A história, no fim das contas, não era bem assim e ela revelou ter tido um aporte de R$ 35 mil, dinheiro que teria sido poupado pelo pai desde o seu nascimento.
Bettina foi atacada e virou meme nas redes sociais, mas não chegou a ficar muito abalada com isso. Ela garante que vai continuar sua defesa pela educação financeira.
"Agora falo com mais pessoas. Vou continuar levantando a mesma bandeira, a educação financeira é precária no Brasil. Da semana passada para cá as buscas [no Google] sobre ações e assuntos que se relacionam aumentaram 150%", contou a jovem, que também viu seus seguidores no Instagram se multiplicarem -de 13 mil, antes de estrelar o vídeo, para 390 mil até ontem.
Segundo Bettina, o interesse por investimentos surgiu há três anos, quando ela teria começado sua empreitada para fazer seu dinheiro se multiplicar. Um tempo depois depois de se formar em administração, pediu emprego na empresa, onde está há um ano.
Fora do trabalho, em São Paulo, onde mora atualmente - ela nasceu na cidade, mas viveu boa parte da vida em Blumenau (SC) - Bettina mora sozinha, pratica funcional três vezes por semana e não abre mão do futebol às quintas-feiras.
"Adoro futebol e dança, mas não gosto de baladas. Gosto mais de jogar futebol do que acompanhar, mas meu namorado é viciado no São Paulo e aí, de tabela, eu vou assisto aos jogos", contou sobre o relacionamento com Bruno Fasanella, de 25 anos.
Com o namoro, que já dura quatro anos, Bettina descobriu seu luxo: as viagens. A jovem já conheceu 12 países na companhia de Bruno.
"É minha segunda paixão. Trabalho para viajar. Em casa não tinha essa cultura, peguei com meu namorado. Todo ano tentamos fazer uma viagem. O momento em que vi o quanto vale meu dinheiro investido me fez não querer gastar com coisas que não vão me gerar nada. Não sou nada consumista. O que me permito gastar uma vez ao ano é com viagem."
Chuteiras e sapatilhas
Bettina dividiu a paixão pelo futebol com as sapatilhas. Ela dançou balé até os 14 anos e depois dessa idade praticou sapateado. Na mesma época também jogava futebol.
"Comecei na escola e várias amigas jogavam. Tínhamos um time legal e participávamos de campeonatos. Tinha dia que chegava em casa, tirava a chuteira e ia para a escola de dança", contou.
Nessa época, a investidora conta que não era muito "menininha". "Quando era criança eu não era nada feminina. Andava de chuteira, não gostava de vestido, de boneca, não era nada vaidosa."
A vaidade desabrochou em Bettina no avançar da adolescência, época em que ela decidiu ser modelo para tentar ganhar dinheiro, o que ela diz ter feito desde bem nova.
"Fazia bicos para ganhar dinheiro para fazer minhas coisas. Sempre tive essa coisa de economizar. Fiz trabalhos de modelo, fiz brechó para vender roupas, fui pesquisadora, fiz panfletagem, fazia ovos para vender na Páscoa. Na faculdade dava aulas de dança e fazia estágio", disse a jovem.
Apesar de não ser de uma família pobre, Bettina afirma que nunca teve dinheiro fácil dos pais. "Me chamavam em casa de Sara por ser mão de vaca. Sempre dei valor ao dinheiro. Venho de uma família estruturada sim, mas não significa que meu pai me dava dinheiro. Tinha que ir atrás do meu", explica.
Machismo
O sucesso do vídeo de publicidade jogou holofotes sobre Bettina, que já foi procurada por marcas para fazer mais publicidade e também já recebeu convites para palestras. Ela afirma que só vai fazer propaganda daquilo que acreditar.
"Já fui procurada [por marcas], acho que vou topar alguma coisa, mas não farei propaganda só pelo dinheiro. Tenho que gostar do produto. Não quero sair falando por aí uma coisa que não é verdade. Meu trabalho é levantar bandeira da educação financeira", ressalta.
Com a atenção também vieram as críticas e os ataques de haters. "As pessoas duvidam da minha história. Sei que é fora da curva, é raro, mas com certeza as estão duvidando mais por eu ser fisicamente como sou. Mulher, nova. Muita gente veio me apoiar começando 'você é linda'. Oi? Diz que me apoia e o primeiro elogio é que sou linda? Quero ouvir que concordou comigo, sobre minha missão. Se fosse um homem falando sobre educação financeira ninguém chegaria falando 'parabéns, você é lindo'".
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