Topo

"Saí do 'Pânico' porque cansei da mesma coisa", diz Marcos Chiesa, o Bola

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

02/05/2019 10h05

Marcos Chiesa, mais conhecido como Bola, explicou sua saída do "Pânico" no "The Noite" de ontem (1). Atualmente envolvido em projetos no Youtube e uma série no Playplus, da Record, ele conta que decidiu se demitir.

"Fiquei 25 anos. Cansei da mesma coisa. Eu pedi [demissão]. Queria fazer outras coisas, estou fazendo. Foi decisão minha mesmo. Nem penso em voltar. Fiquei com 'Síndrome do Pânico'", brincou, aproveitando a piada de Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor.

Bola recorda que a proposta do "Pânico" nem sempre foi ser engraçado. "No início tinham temas, pena de morte, aborto, ia para a [Avenida] Paulista e conversava com as pessoas ao vivo. Passou a ir para o humor porque estávamos discutindo aborto e as pessoas ligavam pedindo ingresso pro show da Madonna. Comecei a xingar".

Eles não imaginavam que o programa na TV ia durar tanto - entre RedeTV! e Band, ficou no ar de 2003 a 2017. "Quando começou, achamos que ia durar seis meses. O Emílio [Zurita] era câmera. Não tínhamos dinheiro e ele comprou com o dinheiro dele para a gente gravar. Era muito mambembe. Parecia que a gente era uma turma do colégio que se zoava".

Entre inúmeras situações de risco que passou, Bola pensou que ia morrer ao ser trancado em um caixão pegando fogo. "Ali achei que eu ia para o saco. Já fiz muita barbaridade, mas esse dia...". Apesar de tantos anos em frente às câmeras, sua paixão é outra. "Adoro fazer rádio. Se ganhasse em rádio o que ganha na TV, nem faria TV", assume.