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Bárbara Gancia sobre luta contra alcoolismo: "Experimentei aos 3 anos"

Bárbara Gancia - Reprodução/Globo
Bárbara Gancia Imagem: Reprodução/Globo

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

17/05/2019 08h00

Bárbara Gancia falou de sua luta contra o alcoolismo no "Conversa com Bial" de ontem. A jornalista, que já foi uma das apresentadoras do "Saia Justa", do GNT, contou detalhes do livro "A Saideira", em que narra sua batalha ao longo da vida para estar há 11 anos sóbria.

"Não comecei a beber com 3 anos, mas experimentei o gosto do álcool. Minha mãe conta que peguei copos numa festa, tomei e me encontraram no corredor trançando as pernas. Aos 6, furava bombons e tomava o licor, também me encontraram numa situação pecaminosa no corredor de novo. Aos 9, aí eu já lembro, meu pai foi jogar bola, comecei a tomar ponche, foram me achar de noite em uma estrada de terra em Sorocaba [interior de SP] deitada admirando a lua e cantando", enumera.

"Comecei a beber porque meu metabolismo é um e aquilo casou comigo, eu gostei. Bebia mais que os outros. Eu sou uma bebedora de grande sucesso: o Corinthians ganha, eu bebo; perde, eu bebo; empata, eu bebo, e eu sou santista (risos)", brinca. "Já parei de beber algumas vezes. A minha recaída levou um ano uma vez, dois anos outra, e você tem que aguentar isso a seco", diz.

Bárbara ensina maneiras que encontrou de driblar a pressão social para tomar álcool. "Quem bebe e não dá piti diz: 'mas você é a alegria da festa'. Então fala que está tomando um antibiótico, assim a pessoa respeita". E relembra situações vexatórias.

"Uma vez acordei com um cuecão e uma camiseta. Fui informada depois que estava conversando, dei um passo no jardim e tinha um tanque de carpas, caí e, quando voltei, parecia um monstro do pântano. Continuei molhada conversando com as pessoas".

O excesso de bebida faz com que a pessoa acabe não ser amando como deveria, acredita a jornalista. "Imagina a falta de cuidado com si próprio. Você acaba não tomando banho, não consegue cumprir horário. Toda vez que me meti com essa substância, saí perdendo. Dá pra ser feliz depois de parar de beber, quando você vê tudo o que construiu, não quer voltar".