Cristiana Oliveira diz que se tornou mais forte após morte de três irmãos
Bem-sucedida e casada com o empresário Sérgio Bianco, Cristiana Oliveira parece ter uma vida perfeita. Mas não é bem assim. Ela já perdeu três irmãos, vítimas de câncer, entre eles, Bia, que era sua amiga mais próxima.
"Sofrimento é algo raro de me acontecer porque lido de uma forma muito madura com os problemas. Já perdi cinco pessoas da família: três irmãos, pai e mãe, além de vários amigos. Lidei com a morte em momentos muito delicados da vida e isso me fortaleceu. Esse tipo de situação cria uma carcaça e a gente vai ficando mais forte para tudo, dando menos importância a certas coisas cotidianas que, quando se é jovem, se dá muita atenção", explica Crica, como é chamada pelos amigos.
O momento mais difícil foi a morte da irmã, em novembro de 2015. Foi naquele momento que Cristiana percebeu que precisava ser forte.
"Era minha alma gêmea. Ali, eu achei que fosse cair, ela era tudo pra mim. Nos falávamos todo dia, era a pessoa que eu mais confiava na vida. Quando eu a perdi e lidei com isso, tive certeza que era forte", lembra a atriz de 55 anos.
"Com a idade, a gente ganha consciência da finitude. Minha preocupação maior é realmente a minha saúde. Se estou ficando mais flácida, realmente não me preocupa", completa ela, que já tem um neto, Miguel, 6.
A atriz estará no ar em "Topíssima", novela da Record que estreia na terça-feira, na pele da vaidosa Lara, uma mulher fútil, que só liga para a aparência, mãe da protagonista Sophia (Camila Rodrigues).
"Nunca fiz plástica, nunca estiquei meu rosto. Aceito o meu envelhecimento com muita naturalidade, sem me desesperar. Gostaria de ter mais netos, tenho um marido que amo, que está envelhecendo junto comigo. Não tenho nada da Lara, só fisicamente no sentido que ela é um mulherão, no sentido de personalidade. Sempre fui muito forte, apesar de ter minhas fragilidades, minhas tristezas e fraquezas, que lido de uma forma muito boa."
Mãe ausente
Cristiana começou na TV quando sua primogênita, Rafaela, 31, era ainda bem pequena. Com viagens frequentes e muitas gravações na novela "Pantanal" (1990), em que viveu a inesquecível Juma Marruá, ela admite que passou parte da maternidade longe das filhas.
"Quando comecei a fazer novela, a minha mais velha tinha dois anos. Logo depois fui fazer 'Pantanal' e não podia ir ninguém, nenhum familiar, eram só os atores. Ficava muito tempo longe dela. Ela teve que crescer com babá e isso causou problemas, que demoraram muito para serem solucionados. Mas o que a gente pode fazer? Aconteceu! Não me arrependo de nada, se eu fiz é porque eu tinha que ter feito", diz.
"Senão, não seria o que eu sou hoje. Não teria a estabilidade que tenho, nem descoberto tantas coisas. Hoje minha filha é minha grande parceira, trabalha comigo, é a minha gerente dos meus produtos, administra tudo, é super competente. Alguma coisa boa eu passei na criação das minhas filhas, mas fui ausente sim, principalmente da minha primeira filha", conclui.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.