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Carlinhos Maia se defende após críticas em filmar mendigo: "Não comparei"

Thaís Sant'Anna

Colaboração para o UOL

12/07/2019 12h37

Carlinhos Maia resolveu se defender das críticas que levou após filmar um mendigo dormindo na rua em Nova York, nos Estados Unidos, onde está viajando com o marido, Lucas Guimarães, familiares e amigos. No vídeo, feito sem o consentimento do rapaz, o que muitos acharam desrespeitoso, o humorista diz que ele pareceria um "ator", o que o fez ser acusado de racismo.

"As pessoas na rua, como são diferentes. Impressionante, até isso é diferente, pessoal. Parece um ator, gente. Diga aí", comentou Carlinhos, ao fazer o registro.

Depois da repercussão do caso, o humorista se explicou e falou de um projeto social, o "Soulphia", que ajuda moradores de rua nos Estados Unidos e que, segundo Carlinhos, ele é padrinho há dois anos.

"Me taxam de preconceituoso, mesmo eu sendo gay, me taxam dizendo que tenho preconceito com negro, mesmo minha mãe sendo negra. Como existe tanta gente do mal? Como ainda têm seguidores? Sabe o que me levanta? Saber que o Senhor me honra desse jeito. Há dois anos eu divulguei esse cara [Mr. Teacher Paulo, um dos fundadores do projeto]. Tô cansado, tô cansado", desabafou.

Carlinhos continuou, dizendo que em nenhum momento quis comparar os mendigos americanos com os brasileiros.

"Me criticaram porque eu filmei um mendigo, elogiando o mendigo. Dizendo que eu estava comparando com o Brasil, quando não comparei porra nenhuma. Só achei o cara bonitão, parecia um ator. E vocês não sabiam desse projeto que a gente já ajudava por trás... e que vai ajudar mais de 30 mil pessoas que estão na rua", explicou ele.

Ao lado de uma das mulheres ajudadas pelo projeto, Carlinhos ouve Paulo explicar como Soulphia funciona e se emociona.

"Foi criado pro brasileira, americanos e hispânicos. Nos Estados Unidos, se você n]ao tem um crédito, não consegue alugar uma casa e, assim, não ter emprego. Porque às vezes a gente acha que as pessoas estão na rua porque são vagabundas, mas não. Tem muita gente que, realmente, sair da rua. Foram para a rua porque a hipoteca tirou a casa deles", ensinou Paulo.