Ex de Carlinhos Mendigo se diz injustiçada; ele rebate: "Se faz de vítima"
No meio da turbulência em torno da pensão do filho do humorista Carlinhos Mendigo, a mãe da criança, a ex-bailarina e assistente de palco do Gugu, Aline Hauck, cedeu uma entrevista reveladora sobre o caso e revelou que está sofrendo ameaças nas redes sociais.
"Eu estou numa posição onde estou recebendo bombas de todos os lados. As pessoas não conseguem enxergar meu lado como ser humano. Me sinto injustiçada", desabafa Aline, em entrevista ao repórter Tom Bueno, no Domingo Show, na Record TV. "Tem um motivo maior que eu não gostaria que meu filho soubesse de determinadas coisas por outras pessoas ou pela imprensa. Tentava seguir em frente, de cabeça erguida, mas não deu. Fui apedrejada por todos os lados porque as pessoas só conhecem um lado", explica.
De acordo com Aline, Carlinhos não paga pensão há sete anos. O valor total acumulado já chega a quase R$ 700 mil. "Ninguém tem um filho para colocar no mundo para sofrer, passar situações desagradáveis. Mas sou eu que passo pelos problemas em casa. Eu não estou aqui para falar só por falar. Nem sei quantas ameaças já recebi. Pessoas que seguem ele vem na minha rede social me dizem coisas pesadas. Eu sou uma pessoa normal, sou uma pessoa comum. Ando na rua, de metrô. Não posso mais andar numa via pública senão já vou ser taxada. Não dá mais", dispara.
"Me sinto com medo o tempo todo. Ele (meu filho) já está numa idade que os amigos assistem televisão e eu tenho pavor que os amigos falem alguma coisa. Ele é uma criança incrível e não merece isso", lamenta Aline.
Diferente do que Carlinhos afirma, Aline garante que nunca impediu acesso do humorista ao filho. "Ele sempre foi muito bem-vindo na minha casa. Cheguei a ter situações nos últimos anos de oferecer minha casa para ele ver o meu filho. Engoli meu orgulho. Isso que ele fala é o que mais me machuca. Ele sabe que isso não é verdade, eu nunca proibi ele de ver o nosso filho. Minha casa está aberta. A visitação nunca foi proibida. Eu cheguei a quase implorar pela visitação", garante.
"Eu entrei na justiça e a juíza que tem poder para isso definiu um valor. Eu não decidi nada, nem posso exigir nada. Ele pagou o total de uns 10 meses e depois parou de pagar tudo. São sete anos sem pensão. Procurei a justiça para ele pagar aquele valor que ele havia se comprometido. Meu intuito não era prejudicá-lo. Eu achava que o Carlinhos precisava cumprir a lei, mas não precisava ser em forma da prisão", explica Aline. Segundo ela, o valor acordado para a pensão era de seis salários mínimos mensalmente, cerca de R$ 6 mil. "A questão não é se o valor é justo, é se basear nos gastos do meu filho. Todo mundo quer proporcionar ao filho o melhor. O meu filho merece, o pensamento dele deveria ser assim. Não é porque você não teve que não vai dar para o seu filho", pondera.
"Ano passado, levei meu filho duas vezes para visitá-lo. No aniversário do Carlinhos, falei que meu filho queria cantar parabéns para ele, e ele disse 'Você sabe que eu não gosto'. Eu implorei para que ele passasse o dia dos pais com o filho. Então decidi não procurar mais. Não houve proibição. Se isso fosse verdade, ele teria todos os meios possíveis para me colocar na justiça por não estar cumprindo o acordo. Eu poderia até perder a guarda. Ele sabe muito bem que ele está falando uma mentira", opina.
Aline diz que Carlinhos se comprometeu a pagar o plano de saúde para o filho e também descumpriu o acordo. "Meu pedido era para que não parasse de pagar o plano, pelo menos isso. Mas nem isso. É uma situação bem difícil. Tenho dois empregos e só consigo bancar tudo com a ajuda dos meus pais. Não é fácil criar um filho, as coisas são caras", diz.
O humorista está sendo procurado pela polícia e recebeu mandado de prisão por não pagar a dívida. "Após o decreto prisional, recebi uma mensagem de um assessor dele oferecendo um valor e pedi para ele falar com a minha advogada. Eles se falaram, mas nunca seguiu em frente. Quando ele veio com essa proposta, para quem não estava recebendo nada, só aquilo estava bom. Mas não houve mais contato, não foi a fundo e isso não aconteceu", revela Aline.
"É muito difícil virar manchete. A partir do momento que isso começou a acontecer, meus clientes começaram a se afastar. Ninguém quer se relacionar com isso", revela Aline. "Tenho maior respeito (pelo Carlinhos), se precisar falar comigo, estou disponível. O mínimo que posso fazer é exigir o que é de direito do meu filho. Quero que meu filho seja feliz. Por que eu ia cultivar um sentimento ruim pelo Carlinhos para que meu filho sentisse isso?", desabafa. "O que é que eu fiz para essa pessoa para querer destruir minha vida pessoal, profissional?", se questiona.
Versão do humorista
Também em entrevista ao Domingo Show, Carlinhos Mendigo falou sobre o caso e disse se sentir como um foragido da justiça. "Me sinto foragido. Existe um departamento da polícia atrás de mim. Não tenho medo de ser preso. Em outubro, meu filho tinha 7 anos e saiu o primeiro mandado de prisão. O processo não foi julgado. Do que adianta eu ser preso e ter que pagar isso de novo? Filho no Brasil é objeto. Ela fala que eu não quero ver, mas como eu vou ver se eu tenho mandado de prisão? Ela não ouve o lado do pai?", dispara.
"Não mando ajuda financeira para o meu filho desde fevereiro. Eu pagava R$ 10 mil enquanto eu tinha. Como vou pagar o que não tenho mais?", diz o humorista. "A justiça estabeleceu um valor que eu não tinha mais como pagar. A juíza nunca alterou o valor. Eu sustento 10 crianças com R$ 6 mil. Garanto para você", opina.
Carlinhos revelou que não telefona mais para o filho com medo de ser rastreado pelos policiais, mas que não se arrepende de nada que falou para Aline. "Eu não me sinto injustiçado, eu sou injustiçado. Eu não me arrependo de nada do que eu disse. Eu não posso driblar meu caráter para agradar outros. Minha felicidade incomoda", diz. "Não ligo pro meu filho, não caio em armadilha. Sempre liguei e agora ela (Aline) está se fazendo de vítima. Estão rastreando meu telefone para mandar para a polícia. Ela quer me por na cadeia por vingança", dispara.
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