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Felipe Neto chama Lacombe de "patético" por desconfiar de Greta Thunberg

O youtuber Felipe Neto e o apresentador Luís Ernesto Lacombe - Montagem/Reprodução/YouTube/Divulgação/Band
O youtuber Felipe Neto e o apresentador Luís Ernesto Lacombe Imagem: Montagem/Reprodução/YouTube/Divulgação/Band

Do UOL, em São Paulo

24/09/2019 17h04

Luís Ernesto Lacombe foi chamado de "patético" por Felipe Neto pelas críticas a Greta Thunberg, que falou sobre o aquecimento global na cúpula do clima da ONU. Segundo o apresentador, a ativista sueca de 16 anos tem discurso "alarmista" e é financiada pelo empresário George Soros, alvo de eleitores de extrema-direita por apoiar financeiramente projetos ligados aos direitos humanos.

"É oficial. Lacombe é a decepção do jornalismo de 2019. Completamente patético. Mais um olavista que acredita em teorias da conspiração e acha que pode refutar todos os maiores cientistas do planeta. Que lastimável, Lacombe. Que pequeno", tuitou Felipe Neto.

Em sua fala, Greta acusou os líderes mundiais de terem traído sua geração pela falta de ação contra o aquecimento global: "Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias, mas eu sou uma sortuda. Pessoas estão sofrendo, pessoas estão morrendo, ecossistemas inteiros estão entrando em colapso".

O apresentador do Aqui na Band disse desconfiar de Greta durante uma conversa com Marina Machado, jornalista que o antecede na programação da Band no telejornal Notícias da Redação.

"Lacombe, eu estou arrepiadíssima com o que a Greta Thunberg falou. É um negócio que, realmente, essas frases não saem de mim", disse Marina Machado.

O apresentador do Aqui na Band discordou da jornalista e duvidou da fala da ativista: "Marina, eu não compro essa menina, você me desculpa. Eu não compro essa menina", afirmou, surpreendendo a colega. "Choquei", falou a jornalista.

Lacombe prosseguiu criticando o tom da fala de Greta: "Acho que essa menina tem um discurso alarmista, com frases de efeito. Eu tenho uma opinião diferente da sua. Eu acho que a gente tem que ter um debate pesado sobre clima e de quanto o homem influencia na mudança climática".

Marina Machado respondeu sinalizando que concorda que o homem influencia no aquecimento global: "Mas, rapaz, aí nós vamos levar oito horas de discussão e não vai dar certo aqui".

Lacombe voltou a criticar Greta acusando-a de ser "financiada" pelo empresário húngaro-americano George Soros, alvo de eleitores de extrema-direita por apoiar financeiramente projetos ligados a defesa de direitos humanos.

"Essa é uma menina bancada por uma fundação do George Soros, né? One Foundation. Eu realmente, por enquanto, não compro", disse o apresentador.

Lacombe x Poppovic

Durante o Aqui na Band de ontem, Lacombe bateu boca com Silvia Poppovic sobre o assassinato de Ághata Vitória, de 8 anos, morta a tiros no Complexo do Alemão.

"Terrível essa história, terrível essa política de segurança que não pensa em resguardar a vida da população e sai atirando assim. É isso que acontece. É triste mesmo, é lamentável", disse Silvia.

"Acho ainda um pouco precipitado dizer o que aconteceu. Ainda será feito uma perícia. Vejo as pessoas se voltando contra o trabalho da polícia. Lembro que, no início da minha carreira, década de 80, Leonel Brizola era o governador, ele proibiu a polícia de subir os morros, de entrar nas comunidades no Rio. O que a gente viu foi um fortalecimento do tráfico de drogas, ganhou uma força inacreditável. A polícia tem que atuar com todo cuidado para preservar a vida de inocentes, mas a polícia não pode deixar de atuar nessas áreas. Os traficantes estão nessas comunidades exatamente porque ali eles estão protegidos por pessoas inocentes. Então é muito complicado acusar sempre a polícia", afirmou Lacombe.

Poppovic rebateu: "Eu não estou acusando a polícia do Rio de Janeiro, eu estou acusando a política de segurança pública do estado, que permite a política a atirar na cabecinha, como disse o Governador. Quando existe uma política agressiva, de matar quem está na frente, acontece esse tipo de desgraça".

Lacombe interrompeu a colega. "A gente não sabe realmente se foi a polícia. A gente sabe que os traficantes se protegem. Como acontece na Palestina. Os palestinos se protegem colocando na linha de frente mulheres e crianças", disse ele.

Poppovic questionou: "Você acha que foi isso que aconteceu?". Lacombe então respondeu: "Eu não sei, quero esperar. Eu não sou perito. Eu quero aguardar".

"Essa história, para quem é carioca... Me admira muito, Lacombe, você não estar emocionado com essa história", retrucou Silvia Poppovic.