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Diretor da RedeTV! diz que filho quase ficou cego por "imperícia médica"

O jornalista Franz Vacek e seu filho, Paulo César Costa Vacek, de 4 anos - Reprodução
O jornalista Franz Vacek e seu filho, Paulo César Costa Vacek, de 4 anos Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

24/12/2019 18h00Atualizada em 25/12/2019 09h20

O superintendente de jornalismo da RedeTV!, Franz Vacek, expôs, em suas redes sociais, uma situação médica envolvendo seu filho Paulo César Costa Vacek, 4. Segundo Franz, por conta de uma "imperícia médica" no pronto-socorro do hospital Samaritano, zona oeste de São Paulo, o menino correu risco de morte após uma cirurgia motivada por erro médico e quase teve a visão de um dos olhos totalmente comprometida. Em nota, estabelecimento disse que "está apurando todos os protocolos adotados".

Franz afirma que levou Paulo ao hospital depois de um acidente doméstico. "O Paulinho, no domingo, resolveu pular de uma cadeira para a outra para ver o irmão no berço e se desequilibrou, bateu o supercílio e sangrou bastante", disse o jornalista em um comunicado.

"Chegando no pronto-socorro, a pediatra falou que 'era coisa muito simples, mas vai precisar tomar um ponto'. Ela me passou duas opções: ou tomava o ponto e teria de anestesiar com anestesia local, ou um procedimento muito mais simples, e que não teria que retirar os pontos depois, que seria uma cola cirúrgica. Obviamente optei pela cola que seria indolor", afirmou Franz.

Ainda segundo o jornalista, o hospital ofereceu a possibilidade de um cirurgião plástico realizar o procedimento, mas isso demoraria cerca de duas horas. Franz então optou pelo médico plantonista, que teria, segundo o depoimento, derramado "grande quantidade" de cola, que escorreu "pelo olho esquerdo do meu filho."

"Por mais inacreditável que pareça não havia nenhuma proteção para evitar que o produto tivesse contato com o globo ocular. No desespero um dos enfermeiros passou um pano para tirar o excesso da cola em cima dos cílios e pálpebras o que ajudou a espalhar ainda mais. Na sequência, o olho esquerdo do meu filho ficou totalmente colado. Perguntei ao médico se a cola saía, sendo respondido com rispidez: 'Ué, você acha que ficará grudado para sempre? Superbonder demora, mas sai.' Em seguida, o mesmo médico tentou forçar a abertura do olho colado com os dedos e começou a 'rasgar' as pálpebras da criança", escreveu Franz.

No texto publicado, o jornalista afirma que outro médico apareceu no local e constatou que a situação era grave. "Horas depois fui com ele já acordado para o centro cirúrgico. Ao perceber que seria operado meu filho desesperou-se novamente. Ao gritar e chorar o olho abriu-se um pouco provocando intenso sofrimento com a dilaceração das pálpebras e cílios colados. Pediram para me despedir do meu filho e eu caí em lágrimas passando um dos piores momentos da minha vida."

"Eles fizeram o que era possível, ainda há resquícios de cola nos cílios, ele vai precisar passar por algumas avaliações oftalmológicas. Aparentemente não há um dano maior oftalmológico, mas ele está muito abalado emocionalmente. Hoje passei o dia fazendo boletim de ocorrência, corpo de delito de uma criança de 4 anos. Sinceramente, eu não desejo pro meu pior inimigo o que a gente está passando", afirmou Franz.

Em nota enviada no dia 25 de dezembro ao UOL, o hospital Samaritano confirma que Paulo foi atendido na unidade. "Ressalta que está apurando todos os protocolos adotados, bem como os procedimentos praticados durante o atendimento. Além disso, a instituição reitera o seu compromisso com o aprimoramento contínuo de seus serviços, colocando-se à disposição para mais esclarecimentos."