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"Aceitei o prejuízo", diz apresentador da Band após perder carro sem seguro

Carro de Megale alagado durante a madrugada - Acervo Pessoal
Carro de Megale alagado durante a madrugada Imagem: Acervo Pessoal

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

10/02/2020 15h21

Medo de tomar raio, risco de encarar uma enchente ou ser assaltado de madrugada nas ruas escuras da Marginal Pinheiros. Qual opção é pior? Difícil escolher uma. Foi exatamente essa situação vivida pelo apresentador Luiz Megale, da Band, durante o começo do dia de hoje. Agora, em casa, ele está bem, mas, em conversa com o UOL relatou um dos momentos mais difíceis da sua vida.

"Saí da ponte, porque estava alagado, não queria ficar com água na cintura. Fiquei na alça de acesso da ponte para a Marginal, chovendo para caramba. Eu estava com medo de ficar embaixo de árvore e tomar um raio. Foi quando gravei o vídeo e mandei para o Café com Jornal. Falei que eles precisavam me mandar uma moto para me buscar, não tinha condição. Foi assustador. É o lugar menos amistoso para ficar de madrugada, tudo escuro, chovendo para cacete. Estava apavorado. Vai cair um fio desencapado aqui, vou ser assaltado. Para onde vou? Aí lembrei que tinha posto na avenida Jaguaré, fui até lá e me abriguei até o motolink da Band chegar. Perguntou onde queria ir, e vim para casa, tomar banho", afirmou.

Luiz Megale - Divulgação/Band - Divulgação/Band
Luiz Megale
Imagem: Divulgação/Band
"Deu para ver que tinha água, mas não parecia que era alagamento. Imaginei que fosse uma poça. Estava paradinha, não parecia que era alagamento. Na hora que eu entrei, percebi que o carro afundou e começou a balançar. Tomei um tremendo susto. Não podia ficar, porque a água vai invadir. Mal dava para enxergar. Se ficar, água vai subir até o teto, como ficou depois. Meti os dois pés, mas não consegui abrir, porque a pressão da água é muito forte, não vou conseguir. Abri o vidro e consegui empurrar e sai por ali mesmo. Empurrei, entrou água, peguei carteira, celular e sai andando. Voltei na mesma direção de onde tinha vindo, 20 metros, pouco mais com água na altura do umbigo e cheiro de esgoto", completou.

Megale explicou que está esperando a situação melhorar, e a água baixar para ir até o local e ver o que restou de seu Ford Focus. "Mas já aceitei o prejuízo", disse o apresentador que disse que o automóvel só tem seguro contra roubo e não contra desastres naturais.

Depois que o susto passou e as coisas se acalmaram, já em casa, Megale foi pesquisar o que precisava fazer. Com o carro da mulher, se encaminhou para um posto de saúde para checar a necessidade de tomar vacina para evitar leptospirose.

O apresentador vive na Vila Leopoldina desde que nasceu e afirmou que conhece todos os locais que normalmente alaga na região. Até que teve a surpresa e lembrou o que sempre pensava ao ver enchentes na televisão.

"Eu sempre via na TV e perguntava como essas pessoas caem numa situação dessa, basta não tentar passar, tomar cuidado. Imagina que vacilo, não devem conhecer a cidade. É um segundo, quando você vê, está naquela situação. Quando acontece, mal consegue acreditar que está na situação da TV", relatou o apresentador que disse nunca ter passado por isso antes.