Desistente do quarto branco diz que pediu para voltar ao BBB: 'Eu ganharia'
Já faz onze anos que Leo Jancu passou pela casa mais vigiada do Brasil. Mas sua participação no BBB 9 ficou marcada na história do reality show. Tudo por causa do quarto branco. Confinado na primeira versão do castigo, o empresário paulistano apertou o temido botão vermelho e foi eliminado por não suportar a pressão. Se tivesse a oportunidade de voltar, tudo seria diferente.
"Hoje, se eu entro eu ganho aquele programa", aposta Leo Jancu. Ele tinha esperanças de voltar nesta edição e confessa que até procurou o diretor do programa."Mandei um recado no Instagram do Boninho: 'Me leva de volta, Boss'. Hoje, eu ficaria umas 100 horas no quarto branco. Com o psicológico bom, você resiste", conta o ex-BBB ao UOL.
Se seguir o padrão das edições anteriores, o quarto branco será um cômodo pequeno, isolado e sem janelas. Na época, ele contava com três camas, um banheiro, e os participantes recebiam água e comida enquanto estavam por lá. As paredes e todos os objetos eram todos brancos, assim como a roupa que os brothers usavam. A única exceção era um botão vermelho que ficava bem no centro do cômodo. Ele poderia ser acionado em caso de emergência, mas quem o apertasse estaria automaticamente eliminado do programa.
E Leo apertou o botão. Segundo ele, pesou na época ter entrado no cômodo com o psicológico já abalado. Dias antes, Leo já havia ido ao confessionário e questionado a produção o que deveria fazer para desistir do programa. "Eu estava em um momento de fraqueza dentro da casa, tocou o big fone e me levaram para lá. Tudo o que eu já estava fraco voltou à tona", relembra.
Leo foi para o quarto branco com Newton e Ralf. O trio do BBB 9 não tinha noção do que os esperava depois de cruzar um túnel escuro fora da casa.
"Na época, o Ton ficou muito falado por supostamente ter feito pressão psicológica sobre mim. Só porque ele falava: 'Faz o que seu coração mandar'. Quando saí também achei que foi, mas vendo depois, independente do que acontecesse, eu sei que não ia ficar."
Eu já estava decidido a sair do programa. Foi a oportunidade. Eu entrei no quarto e desde a primeira hora fiquei pensando nisso.
Trauma? Nenhum
Apesar do momento tenso, que chegou até mesmo a ser citado pelo ex-apresentador Pedro Bial quando questionado sobre o top 3 de histórias marcantes do reality show, Leo Jancu fala que não ficou traumatizado com o quarto branco depois de desistir do Big Brother Brasil.
"Eu já estava traumatizado lá dentro. Estava preocupado com a minha imagem. Eu tinha deixado uma menina aqui fora, aí na primeira festa já colei em outra menina. Depois disso tudo, o meu psicológico já foi lá embaixo. Comecei a achar que tava sendo odiado. Não foi categoricamente o quarto branco que me abalou. Foi a casa", conta.
Leo diz não ter solicitado atendimento psicológico dentro da casa e que também não precisou de ajuda fora dela. "Hoje, vendo de fora não acho o quarto branco como uma mega tortura que eu mesmo pintei na época. Acabei caindo na das outras pessoas, teve até aquela história das denúncias no Ministério Público", relembra.
A primeira versão do quadro chegou a ser denunciada por suposta tortura, mas o processo acabou arquivado.
Gabi sairia, Prior suportaria
Para o ex-participante, o segredo é não estar abalado ao se submeter ao quarto. "Hoje, se a Gabi entrasse era uma forte concorrente a desistir. Se a pessoa entra com o psicológico um pouco abalado é um prato cheio para apertar o botão", acredita. Ele aposta em um nome para sair mais forte do quarto branco no BBB 20: Felipe Prior.
"Por mim, entraria no quarto branco o Prior, a Gizelly e o Pyong. O Prior ia tirar de letra. E ainda ia encher o saco de quem estiver lá e acabar fazendo alguém apertar o botão vermelho. Esse trio seria legal para ver o parquinho pegar fogo", diz, apostando nas farpas entre Prior e Gizelly e na rivalidade do arquiteto e do hipnólogo, que quase se enfrentaram no último paredão.
Prior, que tem conquistado cada vez mais público, é para quem Leo está torcendo nesta vigésima edição. "É o cara mais verdadeiro, ele fala o que pensa. Ele não tem papas na língua. Acho ele autêntico." Já Pyong causou uma má impressão no desistente do quarto branco, que há dois meses virou pai, assim como o hipnólogo.
"O Pyong é jogador nato, abriu o jogo, mas não vejo ele com bons olhos. Ele está sempre preocupado com as câmeras. Como pai, acho um absurdo ele ter entrado antes do nascimento do primeiro filho. Se ele for até o final do programa vai perder a evolução do bebê, a época mais legal", afirma.
A aposta de Leo Jancu, no entanto, não será possível, já que Pyong ganhou o líder na noite de quinta-feira e está imune ao castigo.
Segredos do quarto branco
Apesar de ter suportado a experiência durante 30 horas, Leo Jancu admite que coisas estranhas aconteciam lá dentro.
"Você perde total a noção do tempo. Até a comida que colocavam você nem via a hora da entrega porque vinha em um rolinho branco, da mesma cor das paredes. Se ficar no hotel por dez dias já é difícil, imagina no quarto branco? No hotel já não tinha televisão, relógio, nada. Mas pelo menos tinha as cores. Lá era só o branco."
Mas tudo faz parte do jogo, que geralmente os brothers estão bastante dispostos a jogar.
"Uma das regras era poder apertar o botão e desistir. E foi o que fiz. É um saco mesmo ficar lá dentro. As luzes estão sempre acesas, tudo é branco, você acaba ficando tonto. O quarto é cheio de bolinhas brancas, realmente é uma pressão psicológica a mais. Mas não é uma tortura. Hoje, por exemplo, que estou com o psicológico bom, tiraria de letra."
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