Repórter rebate mulher que pedia para que Globo mostrasse hospitais vazios
A jornalista Sônia Bridi, responsável por reportagem que falava sobre a possibilidade de transmissão do novo coronavírus pelo ar, no "Fantástico", da Globo, rebateu o comentário de uma internauta que pediu para que a emissora mostrasse "hospitais vazios" no Brasil, durante a crise da pandemia.
"Será possível transmitir o coronavírus pelo ar? Pesquisadores e autoridades chinesas juntaram técnicas de investigação criminal e ciência para resolver esse mistério e descobriram que o coronavírus pode ser transmitido pelo ar sem contato físico", escreveu o perfil do programa, no Instagram, baseando-se em um estudo de pesquisadores da China.
"Não. Seria melhor começar a falar das pessoas curadas e hospitais vazios. E que o vírus foi fabricado na China", afirmou a mulher, em resposta, logo em seguida.
Ao ler o pedido da internauta, Sônia Bridi então rebateu. "É reportagem, não é filme de ficção onde cabe a sua imaginação."
Até a última sexta-feira, a ocupação dos leitos de UTI para pacientes do coronavírus já era superior a 70% em ao menos seis Estados. A situação foi registrada em Espírito Santo, Pará, Ceará, Amazonas, Pernambuco e Rio —nesses dois últimos, a taxa passa de 90%, considerada de saturação por especialistas.
Com o avanço da doença, governos correm para levantar hospitais de campanha e ampliar o número de vagas. Médicos e gestores dizem que a pandemia ainda não teve seu pico no Brasil, o que deve elevar a pressão sobre os hospitais.
Em 40 dias, Pernambuco abriu 348 leitos de UTI para pacientes com a doença, e, segundo a gestão estadual, dez novas vagas têm sido ofertadas por dia, em média. Mesmo assim, anteontem, a taxa de ocupação dos leitos abertos para covid-19 no Estado já era de 96%.
Secretário da Saúde de Pernambuco, André Longo atribuiu a saturação à falta de isolamento social.
"Reconhecemos que a situação dos nossos serviços de saúde é muito difícil, porque as pessoas estão adoecendo ao mesmo tempo. Era um alerta que fazíamos desde o início. A falta de maior isolamento social, na casa dos 70%, tem feito pernambucanos adoecerem, procurarem os serviços de saúde ao mesmo tempo e isso tem levado à sobrecarga."
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