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Anitta debate consumo de carne em live: 'O peido da vaca é muito poluente!'

Do UOL, em São Paulo

17/05/2020 13h35

A cantora Anitta entrou em uma discussão sobre veganismo, consumo de carne e que descambou para os gases emitidos pelas vacas em uma live. Junto a Alessandro Molon, deputado federal e líder do PSB na Câmara, o tema do vídeo era discutir "Por que barrar a MP da Grilagem?", em referência à MP 910, sobre regularização fundiária, e também abordou agropecuária.

"Hoje, no Brasil, existe mais vaca do que gente", disse a estrela pop, que fez críticas aos gastos envolvidos na produção de carne, que também contribuem para a poluição da atmosfera. Sabe-se que os gases das vacas têm metano, que atuam aumentando o efeito estufa.

Anitta, então, criticou o exagero no consumo e questionou o deputado sobre as chances de se reduzir a produção de carne.

"Eu estava estudando isso hoje para poder me meter no assunto e eu vi que existe mais cabeça de gado do que cabeça de pessoa. E aí a gente vê como o nosso consumismo está sendo exagerado e desnecessário. Tem churrascarias, restaurantes, tudo o que a gente tem é oferecido de uma forma exagerada", analisou ela, que vem fazendo uma série de vídeos para entender melhor política, desde o nível básico.

"Para quem não sabe, essa parte eu estudei, e vou falar de maneira bem simples, tá? O peido de uma vaca ele é muito poluente pro nosso ar. A cada vaquinha que tá soltando seus gases, é um dano pro meio ambiente gigantesco. Por isso eu diminui [o consumo de carne]", explicou Anitta.

A cantora afirmou que não é "100% vegana", e que defende um estilo de vida que permita o consumo da carne com mais equilíbrio, reduzido.

"Para se criar a quantidade de cabeças de gado, se gasta uma quantidade de água, que se as empresas estivessem pagando a água no valor que essa água deve ser paga, a carne não seria nesse valor, seria muito mais cara. E não teríamos o estímulo tão grande na agropecuária como tem hoje. Teria estímulo para produzir coisas da terra", seguiu Anitta.

"Será que não seria melhor a gente fiscalizar a quantidade que está sendo produzida e vendida? É difícil esse tipo de mudança, porque as pessoas estão acostumadas com esse tipo de vida. Mas nenhuma mudança é fácil. A partir do momento que a gente vai aplicando, a gente consegue e iria diminuir a quantidade de desmatamento, melhorar a qualidade do nosso ar, do nosso clima e etc. Seria possível isso?", questionou a Molon.

Na leitura do deputado, a questão é importante, mas pode ser feita a partir de cada cidadão.

"Isso passa muito da postura de cada um de nós. Essa consciência que você vai adquirindo... Esses pequenos gestos fazem muita diferença no total. Se todo mundo tiver alguns pequenos gestos, a soma disso é muito representativa", opinou o deputado.

O trecho aparece por completo a partir de 51 minutos no vídeo: