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Após posts sobre BBB, diretor do BuzzFeed processa Pyong e pede R$ 1,5 mi

Pyong Lee participou do 'BBB 20' Imagem: Victor Pollack/Globo

Bruno Thadeu

Colaboração para o UOL

18/05/2020 19h01

O diretor de criação BuzzFeed, Gabriel Matos, entrou com processo de R$ 1,5 milhão contra o hipnólogo Pyong Lee, que participou do Big Brother Brasil 20. O publicitário acusou o ex-BBB de estimular ataques de ódio contra o autor da ação nas redes sociais, que teriam causado graves danos pessoal e financeiro para Matos.

Em decisão liminar, o juiz Marcelo Augusto Oliveira indeferiu o pedido de tutela antecipada feito por Matos (leia trecho da decisão no fim da nota).

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A polêmica envolvendo o diretor do Buzzfeed e Pyong começou em 14 de abril, quando Matos postou as seguintes mensagens no Twitter:

  • "Com a saída da Gizelly e nenhum paredão formado, vou ter que me dedicar ao meu hobby: zuar a família do Pyong".
  • "Rapaz, hj eu to mais largado que o filho do Pyong".

Na época dos posts de Matos, o hipnólogo já havia deixado o BBB.

Imagem: Reprodução

Matos diz que não teve intuito de ofender Pyong

Na ação, os advogados dizem que Matos reproduziu memes e piadas que já circulavam na internet. Além disso, o jurídico informou no processo que o conteúdo da página de Matos sempre foi em tom humorístico.

Matos e seus advogados acusam Pyong de ter reagido de forma desproporcional aos posts e responsabilizam o ex-BBB pelas ameaças que ele e pessoas próximas têm sofrido na web. O jurídico de Matos anexou prints de insultos e ameaças feitas por supostos seguidores de Pyong.

Ao UOL, o jurídico de Matos enviou o seguinte comunicado:

"Em 16/4/2020 o Sr. Jaime [Pyong] mobilizou seus milhões de seguidores a pedir, nas redes sociais, a demissão de Gabriel Matos de um veículo de imprensa. Essa atitude gerou diversos danos a Gabriel, que enfrenta, desde então, ameaças de violência e morte que tem lhe trazido profundos transtornos emocionais e financeiros".

"Gabriel acredita que as suas manifestações não tiveram qualquer condão ofensivo, sendo, pelo contrário, protegidas por seu direito constitucional de livre manifestação. Pessoas públicas, com muita visibilidade, devem ter muito cuidado ao incitar perseguições digitais".

"Por essa razão, certo que o Sr. Jaime extrapolou todos os limites aos quais deveria seguir, buscará judicialmente a proteção de sua vida íntima e reparação material quanto às ações ilegais do mágico".

Pyong diz que processará Matos

No dia 16 de abril, Pyong Lee escreveu em suas redes que acionará Gabriel Matos na Justiça. "O primeiro será o Sukita [apelido de Matos] do BuzzFeedBrasil!", postou Pyong.

Um dia depois, no dia 17 de abril, Pyong publicou comunicado em sua rede. O hipnólogo disse que ingressaria judicialmente contra quem o teria ofendido na web.

"Foi com muito desagrado que me vi na posição de contratar advogados para adoção de medidas judiciais contra aqueles que estão atacando a minha honra e de minha família. Até o meu filho recém-nascido vem sofrendo agressões e ameaças, num verdadeiro linchamento digital, sem qualquer precedente", escreveu Pyong.

Neste comunicado, Pyong citou Matos indiretamente.

"Outro influenciador digital anunciou, em alto e bom som, que irá me perseguir convocando os seus a fazerem o mesmo, gerando uma avalanche de novos vitupérios, o que é crime".

Pyong ainda não foi chamado pela Justiça para se posicionar diante das acusações. O UOL entrou em contato com os jurídicos do ex-BBB para comentar o caso e aguarda posicionamento.

Juiz diz que Pyong exerceu "seu livre direito de resposta"

O juiz Marcelo Augusto Oliveira entendeu que Pyong não incitou seus seguidores a atacarem o autor. O juiz da 41ª Vara Cível indeferiu, em caráter liminar, o pedido de Matos.

"Não vislumbro excesso no direito à livre manifestação do pensamento do requerido [Pyong], sendo que ele [Pyong] tampouco incitou seus seguidores a realizarem qualquer ataque. O requerido não concordou com as mensagens postadas pelo autor [Matos] e exerceu seu livre direito de resposta, esclarecendo ainda que pretende processar judicialmente o autor pelas supostas ofensas".

"Saliento que se o autor está sendo ameaçado ou ofendido por qualquer pessoa, seguidor do requerido ou não, pode valer-se de pretensão em face dessas pessoas", complementou o juiz.

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