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Laura Neiva diz que tinha vergonha de epilepsia e alerta: avisem os outros

A atirz Laura Neiva também foi ver de perto os destaques do evento  - AgNews
A atirz Laura Neiva também foi ver de perto os destaques do evento Imagem: AgNews

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/05/2020 12h27

Laura Neiva usou seu Instagram para publicar um vídeo relatando a descoberta da epilepsia. Ela contou que após revelar ser epiléptica, no final do ano passado, durante uma entrevista, recebeu muitas mensagens de pessoas pedindo informações, sobretudo em relação à gravidez, a atriz tem um filha de 4 meses, Maria, com Chay Suede.

"Eu descobri que era epiléptica quando tinha 19 e tive minha primeira convulsão. Estava em casa e fui levada para o hospital. Lá eu fui diagnosticada como epiléptica congênita, ou seja, eu nasci com a doença", explicou a atriz de 26 anos.

Laura disse que desde os 14 anos sentia como se saísse do corpo e voltasse, em uma sensação intensa que durava milésimos de segundo.

Sem conseguir explicar para sua mãe o que estava passando, a modelo foi levando a situação e só após o diagnóstico foi informada por um neurologista que o que sentia era a aura, o que pode anteceder uma convulsão.

"É como se fosse um aviso do meu cérebro. Hoje quanto eu sinto isso é uma hora que tenho que sentar ou avisar alguém. Todo mundo que convive comigo sabe que eu sou epiléptica e que tomo remédio. É importante avisar às pessoas, falar para todo mundo e não ter vergonha", ensinou a atriz.

Laura assumiu que já teve problemas para lidar com o fato de ter epilepsia. "Por muito tempo eu tinha vergonha, primeiro de dizer que eu tinha uma doença. Tinha muita dificuldade de tomar remédio, porque achava que meu corpo não ia dar conta de lidar com isso sozinha, que ia ficar dependente", confessou.

"Acabei deixando de tomar o remédio. As crises foram piorando, teve alguns acidentes, até que aconteceu uma situação grave e percebi que o remédio estava ali para me ajudar e me salvar [...] Desde então tenho consciência dos riscos que posso colocar à minha vida", disse.

A atriz também narrou suas crises e ponderou que estava fazendo a família sofrer ao se recusar a tomar a medicação. "Ficavam com medo de eu dirigir, ficar sozinha e tomar banho", lembrou.

Respondendo a uma preocupação de outras mulheres, Laura disse ainda que nunca imaginou que não poderia ser mãe devido à sua condição. "Nunca recebi nenhuma contraindicação, nem do meu ginecologista, nem do meu neurologista", afirmou, explicando que sabia que as crises de ausência e convulsões poderiam ficar mais suaves ou aumentarem durante a gestação - a atriz se enquadrou no segundo caso e ajustou a medicação.

Ela também relatou os preconceitos das pessoas com as convulsões, dizendo que até hoje há quem acredite que se trata de problemas espirituais.

Laura finalizou o vídeo contando que hoje suas crises estão controladas e que quem tivesse mais dúvidas poderia mandar uma mensagem para ela além de procurar ajuda médica.