Por que Casagrande se tornou mais do que necessário na TV esportiva
O futebol parou há quase três meses no Brasil. E mesmo sem a bola rolando, o comentarista Casagrande mostrou que é fundamental para a TV brasileira. Por que? Vem aqui que a gente te explica.
Questiona clubes
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, estava ontem no "Bem, Amigos". E o que Casagrande fez? Colocou o dirigente contra a parede.
"O governo federal não tratou bem a pandemia, não temos nem ministro da saúde, quer voltar o futebol? Tem de tomar cuidado com fake news, já estão tomando providências para acabar com essa rede. O senhor não pode cair na rede de fake news, a Globo não vai passar novela, só quando Galvão falou".
Por que a pressa presidente? Por que a pressa? Por que não pode esperar mais um mês ou dois, ter mais segurança para isso?
Cobra companheiros
Esqueça o clima amistoso ou sem polêmicas. Com Casagrande, isso não vai ser possível. Ele fala o que pensa, mesmo que isso afete diretamente o seu companheiro de emissora. Foi assim com Caio Ribeiro há um mês.
Eu discordo quando você fala que o Raí só tem que falar de futebol, que não pode falar de política. Isso é antidemocrático. Ninguém pode censurar o que o outro está falando. Foge da democracia
Não fala só de futebol
Casagrande mostra repertório quando precisa comentar outros assuntos e não alivia nem para Jair Bolsonaro (sem partido).
Quando a pandemia começou a chegar aqui e os países mais desenvolvidos aconselharam o isolamento social forte, nós não acreditamos. Até porque o presidente incentivava as pessoas a sair na rua - como ele faz até hoje. Nosso país correu no sentido contrário. Se fizer uma análise política mundial em relação ao combate à Covid-19, o Brasil é o único que foi para o sentido errado
O mundo que respirar
Ao falar sobre a morte de George Floyd, o comentarista falou, no "Troca de Passes", sobre racismo, homofobia e como as manifestações representavam um mundo que "não consegue respirar".
"A sociedade não aguenta mais a violência, a opressão, o racismo, a homofobia, feminicídio. A sociedade não quer mais isso. O mundo não quer mais um joelho no pescoço."
Eu não sei como é a dor de um negro quando sofre racismo, mas eu sei como é a dor de um cara que é dependente químico, que luta todos os dias para não recair, e é chamado de drogado, viciado e vagabundo
Movimento pela democracia
Casagrande é um dos ex-atletas ou competidores atuais presentes em um grupo de Whatsapp que tem como objetivo a luta pela democracia. Além dele, a equipe conta com Raí, Grafite, Joana Maranhão.
Que país é esse?
"Já foram mais de 20 mil mortes e continua crescendo. Hoje, foram mais de mil óbitos. E ninguém leva esses números em consideração. Ninguém lamenta. O governo menos ainda. Ninguém do governo lamenta e mostra solidariedade às famílias. E no futebol ninguém fala nada sobre isso. Vão treinar."
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