Goldschmidt fala de rotina com filha pós-transplante: 'Corta meu coração'
Há nove anos, Márcia Goldschmidt vive em Portugal, com o marido, o advogado português Nuno Rêgo, as filhas gêmeas Yanne e Victória, de 7 anos, e o primogênito Jimmy, fruto do primeiro casamento dela.
O filho mais velho deu uma grande demonstração de amor pela irmã e doou uma parte do seu fígado para que Yanne, que nasceu com uma doença rara, chamada atresia de vias biliares, recebesse um transplante. As gêmeas nasceram prematuras, quando Márcia estava com apenas cinco meses de gestação e deu à luz aos 50 anos.
Nossas vidas todas mudaram pós-transplante, infelizmente. O transplante não é uma cura, é trocar uma doença fatal, por uma doença crônica
"A Yanne tem uma vida que a gente pode considerar normal pelo desenvolvimento dela. Mas ela tem uma rotina que é muito estressante para uma criança desde que nasceu, que são as análises de sangue frequentes, os riscos".
A menina tem uma alimentação especial, é submetida com frequência a hemogramas para controle e tem todo um tratamento especial com higiene na escola, como um banheiro que só ela e a irmã usam, para preservar sua imunidade.
Márcia conta que a vida mais regrada que todos têm durante a pandemia, ela viveu durante dois anos após o transplante. Ninguém podia ir em sua casa, quem entrava tinha que tirar toda roupa e se desinfetar.
Normal é muito relativo. Ela mesmo às vezes me pergunta, 'mamãe, por que eu não posso viver como as outras crianças? É muito triste, corta o meu coração, mas o melhor é que ela está viva
As meninas são o xodó de Márcia, basta dar uma espiada no Instagram da apresentadora para ver o quanto ela baba pelas filhas. Victoria, inclusive, tem tudo para seguir os passos da mãe.
"São extremamente desenvoltas e comunicativas e são muito inteligentes, acho que é uma característica dos prematuros".
A Victoria, ela já passou a perna na mãe, ela é muito melhor do que eu. Ela é multimídia, ela canta, dança, apresenta, argumenta, ela elabora, ela cria. Acho que ela me superou já de longe
Casamento a distância
Apesar de morarem no mesmo país, Márcia e o marido residem em cidades diferentes.
Ela vive com as filhas no Algarve, por causa do clima, para beneficiar a saúde de Yanne, e o advogado mora no Porto, onde trabalha.
A distância, segundo ela, não funciona muito bem porque a apresentadora sente falta do suporte diária no dia a dia com os cuidados com as filhas.
Para algumas pessoas funciona, no meu caso, não funciona muito bem porque eu preciso de um pouco mais de ajuda para lidar com as meninas, com o dia a dia casa e eu acabo ficando muito sobrecarregada
"Se eu não tivesse as meninas, poderia funcionar muito bem porque tem aquele componente da saudade que é bom, estimula mais o casamento".
Volta à TV
Longe da TV há 10 anos, Márcia planeja voltar em breve. Ela conta que antes da pandemia, estava em negociação com uma emissora no Brasil.
"Espero que após a pandemia, isso possa ser retomado, mas era um projeto muito bacana, diferente, não diferente da minha linguagem de comunicação, mas muito diferente da forma de trabalho que o público estava acostumado a ver".
Ela apresentou durante anos o programa no qual debatia temas familiares polêmicos e que muitas vezes acabavam em barracos.
Surpreenderia muitas pessoas quando eu estreasse neste canal. Não seria um programa de auditório, mas eu teria que ir ao Brasil gravar pelo menos a cada dois meses
Saudades dos barracos do programa da Márcia, minha filha? Vamos rever alguns momentos abaixo!
No momento, Márcia tem um canal no Youtube e um programa de entrevistas no Instagram, por onde já entrevistou, através de lives, personalidades variadas: Padre Fábio de Melo, Walcyr Carrasco, e as ex-BBBs Marcela Mc Gowan e Gizelly Bicalho são algumas delas.
Vida em Portugal
Bem adaptada à vida em Portugal, a apresentadora não pretende voltar a morar no Brasil. O motivo? A segurança e qualidade de vida que ela e a família têm no país.
Tenho duas meninas de 7 anos, comparando a vida em Portugal e a vida em São Paulo, em termos de qualidade de vida para as meninas, Portugal oferece mais espaço, mais liberdade, mais tranquilidade. Acho que não voltaria, não
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