Max Fercondini fala sobre vida no mar: 'Ficarei mais uns 10 anos embarcado'
O ator Max Fercondini não participa de novelas desde 2013, quando teve um papel em "Flor do Caribe". Desde então, ele resolveu desbravar o mundo. Há dois anos, ele vive em um veleiro, conhecendo vários lugares do planeta.
"Estou morando em meu veleiro desde janeiro de 2018. Essa é a terceira expedição que eu faço. Como a primeira foi pelo céu, onde eu pilotei um monomotor, e a segunda foi por terra, dirigindo um motorhome, decidi que esta nova aventura seria pelo mar", explicou em uma entrevista para a Quem.
Max explicou como é sua rotina dentro da embarcação. "Velejo e moro sozinho no meu barco. Atualmente eu estou atracado em uma marina em Lisboa. Por conta das medidas de controle do coronavírus, acabei por ter mais tempo a bordo para fazer diversos serviços de manutenção que precisava. Mas, antes disso, eu costumava sair e encontrar meus amigos pela cidade. Velejar sozinho por si só é um isolamento social voluntário. Tenho muito tempo para dedicar a mim", relatou.
O artista também revelou que não pretende voltar a morar tão cedo em terra firme. "Já estive na Espanha, Gibraltar, Portugal, Ilhas Canárias, Saint Lucia, Bonaire, Curaçao, Martinica, além do Brasil, onde eu aprendi a velejar. Quero continuar morando no veleiro. Antes de sair para o mar, tinha definido o prazo de um ano e meio para essa viagem pela Europa. Atualmente já completo mais de dois anos e meio vivendo a bordo e não pretendo largar esse estilo de vida tão cedo. Depois de velejar pelo Mediterrâneo pretendo voltar para Lisboa e preparar o barco para a volta ao mundo. Acredito que ficarei pelo menos uns dez anos vivendo embarcado", contou.
Questionado sobre quais seriam os maiores desafios que enfrenta por morar em um veleiro, Max afirmou que abrir mão da comodidade e da presença de seus amigos e familiares foi algo difícil.
"A questão de estar longe dos amigos e da família é um desafio. Obviamente, se eu estivesse navegando pela costa do Brasil, eu teria mais oportunidade de receber no barco pessoas do meu círculo pessoal. Na Europa, isso fica um pouco mais difícil. Outra questão, foi abrir mão do conforto do meu apartamento, que é bem mais amplo do que o meu veleiro, para viver a bordo", pontuou.
Ele continuou: "Mesmo assim, não tenho nada a reclamar. Meu veleiro não é luxuoso, mas é muito confortável. Tenho três cabines e dois banheiros, além de uma sala de estar ampla com ar-condicionado e aquecedores, cozinha com micro-ondas, geladeira e freezer e uma área externa muito agradável, onde eu opto por fazer minhas refeições do dia a dia. Quando chove, passo a maior parte do tempo dentro de 'casa', mas nada que um filme na TV ou uma boa música não ajudem a esperar o tempo melhorar", destacou.
Em entrevista anterior, Max disse planejar um documentário com suas aventuras, mas o projeto precisou ser pausado por conta da pandemia. Por conta disso, ele resolveu se concentrar na produção de seu próximo livro, onde deve contar histórias que viveu durante suas travessias marítimas.
"Pretendo lançar o livro no final deste ano ou no início do próximo. Ainda estou avaliando o que será melhor para fazer com todas as dificuldades que estamos passando, mas as pessoas podem acompanhar mais dessa minha rotina através das minhas redes sociais, pois tenho compartilhado alguns trechos do livro lá", disse.
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