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Taís Araújo sobre mulher pisada por PM: violência e horror se naturalizaram

Atriz Taís Araujo fala sobre agressão sofrida por mulher negra em São Paulo - Reprodução/Instagram
Atriz Taís Araujo fala sobre agressão sofrida por mulher negra em São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

14/07/2020 14h53

Taís Araújo se manifestou hoje sobre a agressão sofrida por uma mulher negra de 51 anos no bairro de Parelheiros, em São Paulo. Segundo a atriz, "tudo de mais violento e horroroso está naturalizado" no Brasil.

As agressões contra a mulher, que não teve a identidade revelada, ocorreram no dia 30 de maio. Além de quase ser asfixiada, ela foi jogada no chão e arrastada, o que lhe causou escoriações no rosto e uma fratura na perna.

Hoje, em entrevista ao programa "Encontro", da TV Globo, a vítima disse que temeu a morte no momento das agressões e pensou que teria um fim parecido com o do segurança George Floyd, que morreu em maio, nos Estados Unidos.

"Eu continuo me lembrando da primeira imagem, quando ele estava me pisoteando. Ainda não consigo dormir a noite inteira, acordo várias vezes", contou. "Eu fico pensando porque ele fez aquilo comigo... Eu não era a única pessoa lá".

No Twitter, Taís fez uma sequência de publicações condenando o caso e chamando a atenção da sociedade para o problema.

Ao ler sobre o caso da mulher em Parelheiros, o que me vem à cabeça é que esse país não tem a menor graça. Ele nos cansa porque tudo nele se naturaliza. O caso dessa mulher é mais um que ocorre todos os dias e deveria nos chocar e gerar comoção. Toda a minha solidariedade a ela.

Precisamos também entender que essa imagem não precisa ser reproduzida toda hora, é uma violência. Uma violência triste e cotidiana. Racismo, pandemia, violência nas ruas, contra mulheres, LGBTQIA+, tudo de mais violento e horroroso está naturalizado nesse país! De quem é a culpa?

A culpa é de todos que constroem esse país mas, principalmente, dos que não escutam uma parcela enorme da população que berra e que morre faz anos. Nada muda.

Gostaria de ser mais esperançosa, mas ainda precisamos evoluir e gritar mais, principalmente com o que acontece aqui, diante de nós. Vamos juntos!