História de assassinato que chocou Porchat na TV vai te impressionar também
Fábio Porchat ficou chocado com a história contada por um jovem chamado Rafael nesta semana, no programa "Que história é essa, Porchat?", do GNT. E você vai ficar impressionado também: o brasileiro viveu uma história de amor na Europa com um homem que, posteriormente, virou um assassino.
Nós vamos explicar, Sherlock.
Parece até um livro novo de Agatha Christie, mas é real (e os mais famosos detetives da ficção, como Hercule Poirot e Sherlock, não estavam lá).
Rafael relatou que se mudou em 2012 para Londres, na Inglaterra, aos 19 anos. Enquanto trabalhava como garçom na charmosa cidade, ele conheceu Stephen Port em um site de relacionamento —na época, os aplicativos de paquera ainda não eram as potências que conhecemos hoje.
Stephen parecia ser um homem interessante, e um tempo depois, Rafael decidiu morar com ele por cerca de um mês. O relacionamento era tranquilo e não gerava preocupações.
Porchat, que já sabia o que estava por vir, sorriu e disse ironicamente:
É bom quando a gente encontra uma alma gêmea, né, Rafael?
Rafael riu de nervosismo e continuou o relato.
Muito tempo depois, quando já estava no Brasil e em outro relacionamento, o jovem brasileiro decidiu pesquisar o nome do ex-namorado na internet para ver como estava a vida de Stephen.
Quem nunca, não é?
Ele encontrou algumas reportagens que mencionavam assassinatos em série.
Rafael pensou: "Nossa, que legal, o Stephen escreveu um documentário sobre serial killer!"
Mas não era um documentário escrito pelo ex de Rafael; era uma reportagem sobre os crimes cometidos pelo próprio Stephen, com fotos dele e da vizinhança em que morava na Inglaterra.
Eu descobri que ele está em prisão perpétua porque matou quatro jovens da idade que eu tinha na época [cerca de 19 anos]. A gente morou junto em 2012, e o primeiro assassinato dele foi em 2014. E eu consegui escapar!
O homem drogava suas vítimas (sem aviso) antes de abusar sexualmente delas, algo que a legislação trata como estupro. Ele matou pelo menos quatro pessoas (todos homens com menos de 30 anos) em quadros de overdose.
O primeiro assassinato conhecido pelas autoridades britânicas resultou na morte de Anthony Walgate em junho de 2014; o autor do crime o matou com uma overdose, ligou para a polícia anonimamente e avisou: "Um jovem bêbado passou mal na frente da minha casa".
Outras três vítimas foram achadas em um cemitério.
Os corpos estavam perto de bilhetes de suicídio —falsificados por Stephen Port—, e havia evidências de drogas nos bolsos das vítimas. As substâncias foram plantadas pelo autor do crime, que tentava responsabilizar as pessoas que matou.
Atualmente, Stephen Port está preso e tem 45 anos.
Documentários feitos pela BBC, principal emissora de televisão do Reino Unido, indicam que a polícia local teria sido negligente na apuração dos quatro assassinatos, já que os crimes só foram conectados depois de anos.
O caso só foi solucionado graças à intervenção de instituições LGBTQ+ da Inglaterra e alguns amigos das vítimas, que insistiram com os questionamentos por acreditarem que não estavam seguros.
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