Simone reclama de bullying por música de Natal: 'Me pegaram pra Cristo'
O fim de ano não é sinônimo de celebração para Simone, pois há mais de duas décadas a cantora precisa lidar com o bullying que recebe devido à rejeição da música de enorme sucesso "Então é Natal", de 1995, que é tocada à exaustão e acabou virando meme para a nova geração. Na opinião dela, "a pegaram pra Cristo".
"Aconteceu uma coisa inédita no Brasil porque [na época que foi lançado] não havia um disco falando e sendo cantado com músicas natalinas. Mas me pegaram pra Cristo. Eu sofri bullying com 'Então é Natal'", afirmou a cantora no "Conversa com Bial" desta madrugada, na Rede Globo.
"Então é Natal" é uma versão abrasileirada para "Happy Xmas (War Is Over)", de John Lennon e Yoko Ono, e está no álbum "25 de Dezembro", de Simone. O trabalho vendeu mais de 1 milhão e 500 mil cópias em menos de um mês e meio após o lançamento, e a versão em espanhol atingiu 2 milhões de vendas.
"Aconteceu um 'boom' com essa música, e você não pode dizer não a uma coisa que foi chancelada pelo brasileiro", explicou a baiana. "Depois, a música tocou tanto que uma geração que não me conhecia, não conhecia a minha história, foi influenciada por pessoas que não queriam que acontecesse essa coisa boa que aconteceu comigo, porque há pessoas que têm raiva do sucesso do outro. Tom Jobim já dizia que o brasileiro é proibido de fazer sucesso".
Seguindo com o assunto, Simone questionou a Pedro Bial: "Por que é que eu não posso cantar músicas de Natal? O que me proíbe de cantar músicas de Natal? Por que proibir uma música de ser tocada? Que espírito ruim é esse?".
Ela também lamentou a posição de alguns amigos que a criticaram por ter gravado um disco temático sobre o Natal. "Fiquei indignada, inclusive, com alguns colegas meus. Qual é o problema de eu cantar o que eu quiser? Preconceito? O que é isso? Depois, várias pessoas fizeram discos de Natal com músicas natalinas".
Se atualizando
Aos 70 anos de idade, Simone se viu obrigada a se reinventar como artista em meio à pandemia do coronavírus e aderir às famosas lives, novo formato de entretenimento que tem sido fundamental para tornar o isolamento social menos difícil.
Com habilidade tecnológica praticamente nula, segundo ela mesmo explicou, as lives foram uma importante ferramenta para se conectar com o público. "Para mim, as lives foram a salvação. Fazer a primeira live foi muito difícil, pois eu não entendia absolutamente nada de internet, celular e tablet. Foi um tiro no escuro que a gente fez e continua fazendo".
As lives de Simone são realizadas religiosamente todos os domingos, sempre às 18h, na conta oficial da cantora no Instagram. "Você sair de um palco e ir cantar para um celular é uma loucura. Eu não tenho intimidade com essas coisas", finalizou.
O "Conversa com o Bial" vai ao ar de segunda à sexta-feira após o Jornal da Globo.
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