Morando nos EUA, Nívea Stelmann recusa trabalhos no Brasil: 'Não volto'
Colaboração para o UOL, em São Paulo
23/10/2020 17h04
Nívea Stelmann, 46, está vivendo um ótimo momento nos EUA, onde mora com os filhos, Miguel, de 16 anos, fruto de seu relacionamento com o ator e atual secretário da Cultura, Mario Frias, Bruna, de 6 anos, e o marido, Marcus Rocha.
Durante uma live com a apresentadora Patricia Maldonado no Instagram, ela falou que um dos principais motivos para sair do Brasil foi a violência. "Comecei a ver meu filho crescendo, querendo sair, querendo namorar, se divertir, fazer e acontecer. E eu querendo segurá-lo e colocá-lo num carro blindado. A vida não pode ser assim", confessou a atriz.
"Aí eu comecei a pensar nas alternativas. Quando vim para cá, encontrei essa paz. Claro que não tem lugar no mundo que dê 100% de segurança. Não é o céu. Mas saber que o Miguel pode ir de bicicleta para a escola, que ele está no futebol e vai voltar tranquilo, caminhando, me deixa mais leve. Não tem preço", comentou na live.
Conhecida pelos papéis em "Chocolate com Pimenta" e "O Clone", Stelmann diz que não tem pretensão de voltar para o Brasil, pelo menos não tão cedo. "Já recebi vários convites depois que vim morar aqui, mas eu não aceito mais. Eu teria que abandonar a vida que estou tendo. Estou achando tão fantástico ter descoberto isso depois de tantos anos, essa paz. Viver para a minha família, para os meus filhos. É um momento raro, que não volta mais."
"Claro que amo interpretar, sinto muita falta. Quando fui convidada, fiquei muito mexida, sem dormir. Pensando: "Será que vou dizer não mais uma vez e nunca mais vão me chamar?". Eu pretendo um dia voltar. Mas agora, enquanto meus filhos estiverem aqui estudando e precisando de mim, não volto, não", ponderou à Patricia Maldonado.
A atriz ainda revelou que o marido dá estrutura e incentivo para que ela volte às novelas, mas que não vê sentido em ficar longe da família por nove meses. "Que sentido tem viver num país e meus filhos e meu marido em outro? Eu consigo me realizar profissionalmente de outra forma", completou.