Johnny Depp perde ação contra jornal que o chamou de "espancador de mulher"

O ator Johnny Depp perdeu a ação de difamação contra o jornal britânico "The Sun" por um artigo em que era chamado de "espancador de mulheres".

Depp processou a News Group Newspapers (NGN), que publica o The Sun, e um de seus jornalistas, Dan Wootton, por causa de um artigo de 2018 segundo o qual o ator foi violento com sua ex-esposa, a atriz Amber Heard.

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Tanto Depp quanto Heard depuseram diante do juiz Andrew Nicol durante uma audiência de três semanas na Alta Corte de Londres, expondo suas vidas pessoais tumultuadas e fazendo alegações de abusos domésticos graves, consumo de drogas e casos extraconjugais.

Ao anunciar a decisão hoje, Nicol afirmou que os argumentos apresentados pelo jornal para descrever o comportamento do ator
eram "substancialmente verdadeiros". Depp sempre negou veementemente as alegações de ter sido violento com Heard.

Em sua defesa, a NGN disse que se baseou em 14 alegações distintas de violência doméstica, datadas entre o início de 2013 e maio de 2016. Na decisão, o juiz disse que apurou que "uma grande maioria" - 12 dos 14 - "supostos incidentes ocorreram".

"O The Sun se levantou e fez campanha pelas vítimas de violência doméstica por mais de 20 anos. Vítimas de violência doméstica nunca devem ser silenciadas e agradecemos ao juiz por sua consideração cuidadosa e a Amber Heard por sua coragem em prestar depoimento ao tribunal", disse o porta-voz do jornal após o resultado do processo.

A advogada americana de Heard, Elaine Charlson Bredehoft, disse em um comunicado que o julgamento "não foi uma surpresa".

Depp e Heard se conheceram filmando "Diário de um Jornalista Bêbado", em 2011, e se casaram em fevereiro de 2015. Heard pediu o divórcio 15 meses depois. Depp disse à corte que nunca foi violento com a ex-esposa, que ela estava mentindo e que ela o agrediu em várias ocasiões, acrescentando que perdeu a ponta de um dedo depois que ela o atingiu com uma garrafa de vodca durante uma briga.

Heard disse que Depp se transformava em um alter ego egoísta, "o monstro", depois de exagerar no consumo de drogas e álcool. Ele ameaçou matá-la com frequência, disse ela nas audiências, detalhando 14 ocasiões de violência extrema nas quais o ator a sufocou, esmurrou, estapeou, golpeou com a cabeça, estrangulou e chutou.