Mariana Ferrer: famosas se revoltam com caso e apoiam influenciadora
O caso de Mariana Ferrer voltou aos assuntos mais comentados das redes sociais na tarde de hoje. Um mês após André de Camargo Aranha, empresário acusado de estuprar a influenciadora em um beach club em Florianópolis (SC) no ano de 2018 ter sido absolvido pela Justiça, o site The Intercept Brasil fez uma reportagem mostrando que ele foi inocentado. A publicação classificou o caso como "estupro culposo", algo que não está descrito no Código Penal.
Além da decisão, o vídeo da audiência, também publicado pelo The Intercept Brasil, repercute na internet. Nas imagens, o advogado de defesa de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, aparece humilhando Mariana durante o julgamento, na presença do juiz Rudson Marcos.
Nas redes sociais, famosos também criticaram a sentença e a postura dos envolvidos. "'Estupro culposo' pqp", escreveu Bruna Marquezine. Luísa Sonza se posicionou sobre o caso: "#justicapormariferrer eu tô com medo do que o Brasil tá virando".
"Vocês acham possível estuprar SEM QUERER? Estupro culposo é o ato de estuprar alguém sem intenção de estuprar ou de julgar alguém sem a intenção de condenar? #estuproculposonãoexiste", afirmou a atriz Bruna Linzmeyer ao lado de Iza, que usou seu perfil no Twitter para dizer que "'estupro culposo' não existe".
Rafa Kalimann também desabafou: "'Não teve a intenção de estuprá-la'. Ahn? Isso existe? Quantas? Quantas vezes? Quantas vezes mais? Quantos outros medos? Quantas outras agressões? Quantos outros estupros 'sem querer'? Quanto tempo nós temos? Talvez nenhum. Não dá para esse medo continuar. Quantas escondem o estupro ou a agressão ou têm medo de expor e ninguém acreditar?", escreveu.
"Mano, o que o Brasil está virando? 'Estupro Culposo' não existe! Justiça por Mari Ferrer. Um país onde ser MC é crime e um estuprador é inocentado", apontou MC Rebecca. Deborah Secco, GKay, Laura Keller e Teresa Cristina, são outras famosas que manifestaram apoio a Mariana Ferrer.
Relembre a sentença
Universa teve acesso à sentença do caso, que correu em segredo de justiça. A conclusão das autoridades foi de que "não há provas contundentes nos autos a corroborar a versão acusatória". Ao todo, durante a investigação, foram ouvidas 22 testemunhas, além do acusado e da suposta vítima.
Na defesa, André confirmou ter tido contato sexual com a jovem, mas negou que o ato tenha sido consumado e que tenha agido de forma violenta. Antes da sentença, foram realizados seis exames periciais e ação de busca e apreensão de perícia dos equipamentos eletrônicos do acusado.
A defesa do empresário chamou de "fantasiosa" a versão contada pela influenciadora, de que teria sido dopada e, posteriormente, abusada sexualmente por André. Já a família de Mariana é categórica em afirmar que os fatos que ocorreram naquela noite teriam causado na jovem sequelas psicológicas irreversíveis.
Entenda o caso
Em 15 de dezembro de 2018, Mariana Ferrer, blogueira de moda conhecida como Mari Ferrer, trabalhava em um evento promovido pelo estabelecimento, em Florianópolis, como embaixadora da casa — divulgando o espaço nas redes sociais.
Segundo a mãe da jovem, em entrevista para Universa concedida em novembro de 2019, ela chegou em casa do trabalho chorando muito, com o body e a calcinha que usava ensanguentados. A roupa que usava também estaria com forte odor de esperma.
No dia seguinte, Mariana registrou um boletim de ocorrência por estupro. Em exame pericial feito com o esperma encontrado na roupa da jovem, foi constatado que o material era compatível com o DNA do empresário paulistano André de Camargo Aranha. Em julho de 2019, ele se tornou réu do caso, investigado como estupro de vulnerável.
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