Fátima Bernardes chora ao lembrar de funcionária que morreu de covid
Fátima Bernardes se emocionou ao falar sobre a perda de uma funcionária para a covid-19. A apresentadora, que voltou hoje ao "Encontro" após a licença para tratar um tumor no útero, assistiu uma série de homenagens dos colegas de trabalho, indo às lágrimas ao falar da tensão que viveu ao receber o diagnóstico em meio a pandemia.
"Eu me lembrei de uma coisa em que eu pensei muito durante esse período: além da gente ter essa sensação de que você está tendo algo que outras pessoas não tem, que é a chance da cura, eu não ia falar nisso não, porque eu sabia que se eu falasse nisso eu ia chorar, mas como eu já chorei...eu fiquei muito angustiada com todas as notícias da covid durante esse período, porque você acaba fazendo uma cirurgia e você acaba ficando com a sua imunidade mais baixa, então o medo dessa doença ficou muito maior", contou Fátima.
A jornalista, de 58 anos, detalhou sua experiência pessoal com o assunto, com a perda de uma funcionária e amiga próxima com quem convivia há 30 anos e que também já havia se curado de um câncer.
"Olhar a quantidade de pessoas que estavam morrendo por conta dessa doença e as outras que estão com câncer e não estão conseguindo se cuidar porque tem medo de ir até um hospital, estão adiando um exame, me deixa muito angustiada. E eu tive durante esse período, desse 1 mês, a perda de uma pessoa muito querida, que trabalhou comigo por 30 anos", relatou ela.
"Dói muito, porque ela tinha enfrentado um câncer de pulmão e, olha, ela tinha plano de saúde, ela tinha tudo, e não adianta, gente. Ela não andava de transporte público...como ela se contaminou ninguém sabe, pode ter sido um pacotinho, pode ter sido...não sei, um pacote de pão, e olha, ela era muito cuidadosa, muito cuidadosa", afirmou Fátima.
A apresentadora ainda contou uma lembrança afetiva de sua vida com a funcionária, que identificou como Alice, aproveitando para reforçar a seriedade do coronavírus.
"E assim, ela sempre chegava em casa muito cedo, e eu dizia pra ela que não precisava, porque como eu só tomo café aqui...mas ela fazia questão de fazer um café de coador pra eu tomar antes de sair, e hoje fez muita falta esse café", disse ela, sem conter as lágrimas.
"Uma pessoa que convive com você há 30 anos, que está bem, que teve uma doença há 7, 8 anos, curada, não tava com nenhum outro problema decorrente do câncer, e chegar essa doença assim, ficou um mês internada, vai pra casa com um balão de oxigênio e depois volta a internar em dois dias a pessoa morre. Então, Alice, onde quer que você esteja...isso me angustiou muito, foi muito difícil, ver quantas pessoas estão sofrendo sem necessidade", concluiu Fátima.
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