Ben Affleck relembra ataques a Jennifer Lopez: 'Pessoas eram tão maldosas'
Ben Affleck foi entrevistado no podcast "Awards Chatter", da "The Hollywood Reporter" e abriu o coração sobre as polêmicas de sua vida pessoal e os altos e baixos de sua carreira.
O ator, que namorou a cantora Jennifer Lopez entre 2002 e 2004, recordou os ataques que recebia na época e a forma como ela foi tratada pela mídia.
Ele afirmou que eles chegavam a ser acusados de querer chamar a atenção dos fotógrafos e das publicações, como se estivessem agindo de propósito.
Tem sempre uma história que chama atenção e, na época, eu estar namorando a Jennifer era isso.
Tinha muito ressentimento contra mim e contra a Jennifer.
As pessoas eram tão maldosas sobre ela. Eram sexistas, racistas. Coisas horríveis foram escritas sobre ela de uma forma que, se você escrevesse agora, seria literalmente demitido por dizer o que disse
Agora ela é renomada e respeitada pelo trabalho que fez, de onde veio e pelo conquistou, como deveria ser, p****!
Eu não acho que conheci alguém que trabalhou com tanta garra quanto a Jennifer Lopez.
Altos e baixos
Durante a entrevista, Ben recordou que sempre foi visto como um cara "babaca" durante o início de sua carreira.
"Eu era alto, grande, então os diretores de casting diziam que me viam mais como um 'babaca'. E eu estava sempre fazendo esses papeis, jogando pessoas contra seus armários. 'Eu sou um cara legal. Não sei porque ficam me colocando nesses papeis', eu dizia", e riu ao relembrar que a visão que as pessoas tinham dele mudou ao atuar em "Procura-se Amy" (1997)
Após o término com Jennifer Lopez, ele recorda que sua carreira foi afetada negativamente. "Eu estava na pior posição que se pode estar, que é a de ser suficiente para vender capas de revista, mas não ingressos de cinema. As pessoas diziam: 'Você não vale nada, é sem talento. Você não é ninguém. Você é um me***'. E eu acho que eu funciono bem quando preciso provar algo."
Foi assim que ele diz ter reinventado sua carreira e acabou realizando filmes como "Argo" (2012), que rendeu a ele prêmios como melhor diretor.
Em 2016, ele recordou o fracasso de "Batman" e as críticas pelo filme. "Eu fiz o filme porque queria fazer pelos meus filhos. Eu queria fazer algo que meu filho fosse curtir. Meus filhos não foram assistir 'Argo'", explicou. "Infelizmente, tem muitas razões pelas quais as coisas acontecem de uma certa forma no ramo do cinema. Só porque seu rosto esta no pôster do filme não significa que você está coordenando tudo que acontece. E mesmo que estivesse, não significa que tudo iria bem."
Affleck recordou como se percebeu alcoólatra. "Eu comecei a beber muito durante as filmagens de 'Liga da Justiça' e é algo muito difícil de se confrontar e lidar. Eu estou sóbrio há algum tempo agora e me sinto muito bem, mais saudável do que nunca. O processo de me recuperar do alcoolismo tem sido muito instrutivo. Eu acho ótimo até para quem não é alcoólatra, sabe? 'Seja honesto. Tenha integridade. Responsabilize-se. Ajude os outros'. É uma série de coisas boas que eles te ensinam. Demorou um tempo para eu entender. Eu tive alguns deslizes, como a maioria das pessoas, mas eu estou me sentindo muito bem."
O ator ainda revelou que, infelizmente, a doença é comum no ramo do entretenimento. "Se você soubesse quantos atores, diretores e escritores são alcoólatras ou compulsivos de alguma forma... Quero dizer, é a coisa mais comum do mundo em Hollywood. Eu trabalhei com atores que apareciam para filmar bêbados! E não era eu. Eu bebia sozinho na sala da minha casa. Mas eu estou sóbrio."
Seu filme mais recente, "O Caminho de Volta", foi lançado nos Estados Unidos pouco antes da pandemia e pode render uma indicação ao Oscar. Foi o primeiro filme que ele gravou após passar um período em uma clínica de reabilitação. "Foi como coroar uma conquista da minha vida como ator. É uma das minhas performances favoritas, é algo muito significativo e importante."
Eu estava tão grato por poder ir trabalhar e atuar. Realmente mudou a minha vida, sabe? E desde aquele filme eu sinto: 'Eu amo meu trabalho'. Eu vou escolher coisas que me interessam. Eu não vou fazer mais coisas comerciais. Eu quero ser um bom pai acima de tudo. E é basicamente isso que eu preciso.
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