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Luciano Huck culpa governo por crise em Manaus: 'Poderia ter sido evitado'

Luciano Huck em vídeo nas redes sociais - Reprodução/Twitter
Luciano Huck em vídeo nas redes sociais Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

15/01/2021 11h16

Luciano Huck disse que se sente "de mãos atadas" para ajudar o estado do Amazonas, que está enfrentando colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio nos hospitais. Em vídeo nas redes sociais, o apresentador ainda culpou o governo pela crise.

Vou deixar claro mais uma vez: isso é consequência, sim, da irresponsabilidade, ingerência, descoordenação, falta de respeito, negação da ciência, todos os absurdos e maluquices que a gente viu, ouviu e leu. [Consequência] de como as autoridades brasileiras vêm tratando a crise da covid-19. Esse desrespeito com as pessoas. Essa é a consequência. Isso poderia ter sido evitado."
Luciano Huck culpa o governo por crise no Amazonas

'Sensação de impotência'

Huck foi um dos famosos que respondeu, na noite de ontem, a uma intimação do comediante Whindersson Nunes para que a classe artística se unisse para fazer doações de oxigênio para Manaus.

No entanto, o titular do "Caldeirão" explicou que não dá para colocar cilindros de O2 para viajar em aviões comerciais. "É proibido. Você só pode transportar cilindro de oxigênio em cargueiro. E o cargueiro apropriado para isso é um da Força Aérea Brasileira, o KC-390, que está em manutenção", disse.

Huck complementou que a FAB está "mobilizando todos os recursos possíveis para tirar esse avião da manutenção rápido", e que os oficiais já pediram ajuda para a Força Aérea dos EUA na missão.

A sensação é que lá no Amazonas as pessoas estão se sentindo asfixiadas, e os pacientes estão, de fato. E a gente, aqui, olhando de fora e querendo ajudar, tem uma sensação de impotência horrível. Parece que a gente está de mãos atadas."
Luciano Huck sobre situação de Manaus

Opções esgotadas

Outra opção, segundo o apresentador, seria "encher uma carreta com tanques de oxigênio líquido" e enviar para o Amazonas, mas grande parte das cidades por lá não são acessíveis por estradas. "Chegando lá, precisa ir de barco. E o barco demora dias para chegar até os pacientes", comentou.

Transferir pacientes do Amazonas para outros estados também é difícil: "O cara mal está respirando na terra. No avião, dentro da cabine pressurizada, o ar fica mais rarefeito. Então precisa de oxigênio".

"A situação é muito complicada. Hoje o Amazonas está precisando de 70 mil metros cúbicos por dia de oxigênio, e vai subir para 100 mil. A indústria consegue produzir 45 mil", completou ele.