Jovem que agredia namorada montou esquema para fingir ser ator de novelas
Ryan Barr, 24, que usava o nome artístico Romeo Barr, possuía 47 mil seguidores no Instagram. Além disso, ele se louvava de ter participado de novelas britânicas como "Emmerdale" e "Coronation Street", além de séries como "Shameless" e "This is England", que constavam em sua página no IMDB.
Mas a página era falsa, assim como os supostos papéis em obras de televisão. Na verdade, Barr agredia sua namorada, chegando a apagar cigarros em seu pescoço.
Segundo o "Liverpool Echo", ele ainda a atacou com alvejante e a fez assistir enquanto batia no cachorro do casal. Enquanto isso, ele fingia ser um ator bem-sucedido.
Em seu site, Barr contava detalhes sobre sua "carreira", e como sua experiência atuando em peças como "Oliver Twist" e "Happy Families" para a Maghull Musical Theatre Company (MMTC) ajudaram em sua formação artística.
Entretanto, ao jornal, a companhia de teatro afirmou que o jovem nunca fez parte do elenco de "Oliver" e que eles sequer chegaram a produzir uma versão do espetáculo "Happy Families".
Para seus seguidores, apelidados de "#barrhunters", ele contou que havia participado da famosa novela britânica "Hollyoaks". Em 2014, Barr chegou até a ser contratado por um evento de Natal e anunciado como uma estrela de novelas.
Porém, uma representante da Lime Pictures, que produz a trama, disse que o jovem nunca esteve no elenco da novela. "Não temos nenhum registro de Ryan ter aparecido em Hollyoaks".
Os casos de agressões de Barr contra sua namorada, que não foi nomeada pelo "Liverpool Echo", foram ouvidos por uma corte em Liverpool. A promotoria argumentou que ele era "invejoso e controlador" e que impedia a garota de se encontrar com amigos ou ir até a universidade, chagando até a monitorar conversas telefônicas.
Ele já havia sido sentenciado a prestar serviços comunitários anteriormente por agressão à vítima, e duas vezes foi condenado por não cumprir suas obrigações.
No fim, Barr não foi enviado à prisão, sob o argumento de que alterou seus comportamentos e que hoje ajuda a cuidar da avó, mas foi condenado a 20 dias de atividades de reabilitação, 150 horas de trabalho não remunerado e a pagar 500 libras — mais de R$ 3700 — à vítima.
Além disso, foi imposta uma medida protetiva por dois anos para impedir que o agressor se aproxime da vítima.
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