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Alessandra Negrini retorna à TV em série sobre o folclore brasileiro

Alessandra Negrini - Divulgação/Alisson Louback
Alessandra Negrini Imagem: Divulgação/Alisson Louback

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/01/2021 09h20

Alessandra Negrini está com muitos trabalhos novos para 2021. Com a estreia do espetáculo "A Árvore", de Silvia Gomez e direção de Ester Laccava, em 26 de fevereiro, no Teatro FAAP, em São Paulo, no seriado "Fim", baseada na obra de Fernanda Torres e que tem direção de Andrucha Waddington, na Globo, e também na série "Cidade Invisível", ao lado de Marcos Pigossi, disponível na Netflix a partir de 5 de fevereiro.

Em entrevista à Marie Claire, a atriz falou sobre os projetos e sobre seu crescimento pessoal durante a pandemia.

"Cidade Invisível" é o primeiro trabalho live action dirigido pelo brasileiro indicado ao Oscar Carlos Saldanha - famoso por seus trabalhos com as franquias A Era do Gelo, Rio e pela animação O Touro Ferdinando.

"É uma superprodução", diz Alessandra. "Minha expectativa é que as pessoas se divirtam, fiquem engajadas e maratonem a série para que a gente possa fazer uma segunda temporada ainda melhor que a primeira", comemora ela.

Na trama, Pigossi interpreta um policial ambiental que perde a mulher, personagem de Julia Konrad, em um misterioso incêndio. Ele também encontrará um boto cor-de-rosa em uma praia no Rio, quando passará a viver entre a realidade e um mundo habitado por criaturas folclóricas. A princípio, pode não fazer sentido, no entanto, no decorrer da história, regada a muito suspense, tudo começa a se encaixar.

"Tenho orgulho de estar nesta série porque vamos levar para cento e tantos países a cultura brasileira. Estamos mostrando a nossa temática. Somos nós, falando de nós", diz Alessandra. "O [Carlos] Saldanha já fez isso em Rio. Mas, nesse caso, é um live action. Antes, a gente contava com o cinema para levar a nossa cultura para os outros países. O nosso cinema sempre teve esse papel. E agora as séries podem fazer isso também. É um prazer de estar fazendo essa série no Brasil e ter esse alcance internacional e falando de Brasil. Isso me deixa muito feliz", disse a atriz.

Ela revela que antes de viver a personagem Inês, passou por alguns laboratórios e contribuiu para a construção da protagonista. "Fizemos vários laboratórios e trabalhamos principalmente a construção daquele universo do Carlos Saldanha, que é uma releitura do folclore brasileiro. As entidades, como nós chamamos, que são esses personagens fantásticos, não são do mal. São ambíguos, mas estão lá por um motivo nobre. Dá um medinho, mas, aos poucos, as pessoas vão perceber quem é a Inês e como ela é", explicou.

Alessandra falou ainda sobre o período de isolamento social. "Tem sido um momento bem difícil, mas de muito aprendizado. Para mim, foi muito rico em termos de conhecimento. Temos de pensar o que estamos aprendendo com aquele desafio, sabe? É assim que eu encaro, tem sido fértil, eu não jogaria fora esse ano. Foi difícil para todo mundo, para o planeta e para o Brasil, para as pessoas individualmente, mas um ano de muito aprendizado. Então, eu não jogaria isso fora", refletiu ela.