Ninguém cala esse chororô: por que o pessoal do 'BBB 21' está tão emotivo?
O "BBB 21" estreou na última segunda-feira sob grande expectativa. Com o sucesso da edição passada, a Globo investiu pesado neste ano ao colocar 20 participantes na casa para 100 dias de jogo. Mas o que o Boninho não previu é que os brothers entrariam no programa com as emoções à flor da pele.
Como diz aquele meme, "a festa virou um enterro".
Choradeiras e "palestrinhas" marcaram a primeira semana do jogo, e o tal "medo do cancelamento" parece abalar muita gente. Diante desse cenário, que virou até meme nas redes sociais, o UOL foi atrás de especialistas para entender o que está por trás desse choro frequente.
Thayz Athayde, psicanalista e doutora pela UERJ, explicou:
Esse medo de cancelamento não é bacana, nós vamos errar, falar algo que não deveríamos. É preciso saber lidar com isso. É muito importante saber que somos passíveis de erros e estar aberto quando alguém aponta isso para você.
A palavra "cancelamento" apareceu muitas vezes durante a rodinha de apresentação dos brothers e das sisters; depois dos debates sobre racismo e machismo que a edição passada do "BBB" levantou, algumas pessoas na casa parecem reféns do medo excessivo de errar.
O cancelamento vem do imaginário, né? 'Eu vou cancelar essa pessoa'. Como se fosse possível. E o medo também está no imaginário. Pode ser um medo de finalmente ser confrontado. 'Ah, mas posso falar o que eu quiser'. Não, não pode porque tem outras pessoas no mundo que são afetadas. - Thayz Athayde, psicanalista e doutora pela UERJ
Brothers retraídos
Esse medo de ser criticado fora da casa, leia-se redes sociais, leva a outro movimento: o pisar em ovos para falar e se expressar durante o programa. Para Camila Arruda, psicóloga com foco em gestão de pessoas, isso acaba prejudicando a dinâmica do jogo:
Nesse primeiro momento, a espontaneidade dá vez a introspecção e planejamento de ações. A preocupação não é só de 'como eu estou sendo visto lá fora'. Mas, sim de 'se eu fizer algo que me condene, sairei daqui cancelado'.
O caminho parece ser esse: entender que a gente pode e deve refletir sobre o que diz, mas errar não é o fim do mundo.
Pelo contrário, já que Thayz acredita até que o erro pode ser uma espécie de recomeço.
Errou feio? Tente aprender com isso.
O que dá para aprender com o cancelamento é: será que você não tem capacidade de se rever e pensar no que diz? Quando a gente fica com medo de falar, as coisas não saem do lugar. - Thayz Athayde, psicanalista e doutora pela UERJ
Para além do medo
A psicóloga Camila pondera que esse choro excessivo também pode ter influência com o momento em que estamos vivendo, confinados há quase um ano por causa da pandemia do coronavírus:
Outro ponto importante é o fato de saírem de um isolamento para outro confinamento que é o 'BBB', distante da família e sem nenhum contato com eles. Tudo isso faz com que os sentimentos dos participantes se potencializem.
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