Lu Andrade relembra assédio moral na época do grupo Rouge: 'Marionete'
A cantora Lu Andrade, ex-Rouge, participou do canal de Gabriel Mahalen e falou sobre seus dias no grupo Rouge, em que iniciou a carreira e ficou entre 2002 e 2004.
Lu contou sobre como era o tratamento que o grupo recebia no início da carreira, que acabou resultando em sua saída.
"Eu saí porque nós éramos muito desvalorizadas como pessoas e artistas pelos nossos empresários. Eu sabia onde estava me metendo pelo contrato que eu assinei, então não me fiz de coitada, mas ainda assim não achei que foi justo a porcentagem que pagavam pra gente mesmo na porcentagem que a gente acordou. Porque a gente gerou muita receita para os nossos empresários. E zero preocupação se a gente estava se sentindo bem, se estava doente ou não estava. 'Vai lá e trabalha porque você é uma marionete, meu escravo'", desabafou, ela.
A cantora ainda afirmou que as outras integrantes - Fantine, Karin Hills, Aline Wirley e Li Martins (na época, Patricia) também se sentiam da mesma forma, mas optaram por continuar no grupo.
"Eu me lembro que todas as meninas passaram por um baque e nós chegamos a conversar a respeito, se a gente queria lutar por melhores condições, por mais justiça e todas falaram que queriam e no fim elas escolheram seguir. Deram meio pra trás e eu não. Porque estava fazendo muito mal pra minha saúde. Tem casos que nunca contei e nem vou contar porque é muito pesado. Eu vivi coisas extremamente pesadas que hoje eu sei que é assédio moral, mas na época não se falava nisso. Resolvi ser íntegra comigo e não atrapalhar o trabalho delas porque chegou o momento que eu não queria fazer algumas coisas e elas queriam, então tive que me retirar porque precisava deixar elas viverem o sonho delas", continuou.
Apesar de tudo, Lu afirma que tem boas memórias da época, principalmente pelo impacto que o grupo teve na vida de tantos fãs até hoje.
"Na época a gente não sentia muito porque estava no meio de um furacão, mas olhando hoje foi realmente um fenômeno. A sensação que tenho da época é muito boa, uma sensação muito diferente, um momento muito louco da vida, que obviamente eu sabia que era passageiro, mas era muito gostoso. E ter marcado a vida das pessoas é mais surreal ainda", contou.
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