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Katherine Heigl fala sobre conversas com os filhos adotados sobre racismo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/02/2021 19h05

Katherine Heigl contou à revista People como tenta conversar com os filhos sobre racismo.

A atriz é mãe de três crianças, sendo duas adotadas: Naleigh Mi-Eun, de 12 anos, é da Coréia do Sul; Adelaide Marie Hope, de 8 anos, é uma criança negra de Louisiana; e Joshua Jr., de quatro anos, fruto de seu relacionamento com Josh Kelley. Apesar de ter uma irmã coreana, Katherine disse que as conversas sobre diversidade não são fáceis. "Têm sido uma conversa complicada e, por vezes, até repetitiva para meu marido e para mim. Você nem percebe que está numa bolha porque é só o mundo ao nosso redor", diz ela.

Quando os protestos do movimento 'Black Lives Matter' começaram, após a morte de George Floyd, a atriz fez um longo texto, onde admitia: "Eu não sabia conversar sobre isso (racismo) com minhas filhas".

Ela justifica a dificuldade: "Eu não sabia dizer às minhas filhas: 'Você é uma filha divina de Deus. Você é valiosa. Você é importante e vale a pena, você é linda e inteligente, mas existirão pessoas que não vão gostar de você simplesmente por conta da cor da sua pele ou o formato dos seus olhos'. Não sabia como fazer isso sem sentir que estava destruindo um pedaço de suas almas. Então eu esperei e orei".

Katherine começou a introduzir o assunto com filmes infantis que trouxessem a temática do racismo. Mas um em particular, que mostrava muito o lado 'feio' de brancos contra negros a fez parar e conversar com a filha mais nova sobre isso. "Eu disse a ela: 'Se alguém falar com você assim, se alguém te chamar desses nomes ou te tratar assim, não tem nada a ver com você. Tem tudo a ver com eles. Você entende isso?"

O que Adelaide respondeu? "Sim, eu sei disso. Eu já sei que sou linda e super legal". Katherine disse que deu risada e pensou: "Então acho que fizemos nosso trabalho muito bem, talvez seja hora de trabalhar em humildade". O lado 'mãezona' da atriz fala mais alto sempre, e ela disse que brinca com as filhas que 'vai achar e machucar' qualquer um que disser coisas racistas a elas. "Só quero que elas se sintam seguras o suficiente conosco para poderem dizer se estão machucadas para que nós, como família, possamos lidar com isso"