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Sem shows, Ovelha abre frangaria em São Paulo com a ajuda de Ratinho

O cantor Ovelha - Reprodução/Facebook
O cantor Ovelha Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/02/2021 06h45

O cantor Ovelha precisou diversificar seus negócios durante a pandemia do novo coronavírus. Em entrevista para a "Quem", o artista de 65 anos contou que o isolamento social e o agravamento da doença no Brasil fizeram com que ele perdesse praticamente todos os shows marcados — e, com isso, tivesse que se virar para complementar a renda.

"Quando o lance da pandemia chegou eu estava com vários shows fechados e uma viagem para a Argentina marcada. Todo mundo parou! Meu último show foi em 15 de fevereiro no ano passado, em um trio elétrico no Carnaval. Depois disso, foram cancelados 28 shows. Hoje o artista não vende mais discos, o ganha pão vem dos shows", comentou, afirmando que as lives ajudaram a pagar as contas.

Então, tem que procurar outros caminhos que como a internet. Tive que me reciclar. Comecei a lançar músicas pela internet e fazer lives pagas. A gente tem uma reserva no banco, mas vai acabando se não entrar. Sem contar que tenho uma equipe também. Então com essas lives, consegui trazer o dinheiro para casa.

No entanto, Ovelha disse estar com problemas com suas redes sociais. "Ainda estou tentando recuperar a minha conta do Instagram. Hackearam o meu Instagram e estão me pedindo grana para devolvê-lo. Não tenho grana e mesmo se tivesse, não ia dar. É um absurdo. Tem muitos fãs tentando me ajudar e fiz um boletim de ocorrência. Tenho um ódio de quem faz isso porque nos dias de hoje essa é a única forma de divulgar o trabalho. Ainda bem que a monetização mesmo vem do YouTube", frisou.

Empresário do frango

Durante o período difícil para os artistas no ano passado, Ovelha acabou se encontrando em uma nova tarefa: a de empresário. Ele abriu uma frangaria no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, e contou com a ajuda de Ratinho, seu amigo pessoal. Segundo o cantor, o apresentador do SBT ajudou a financiar o negócio, administrado por sua mulher, Fátima Braz.

Eu estava conversando com o meu amigo Ratinho que as coisas estavam difíceis com a pandemia e que eu estava pensando em abrir uma frangaria. Ele me perguntou quanto eu precisava e me deu dez mil 'pila'. Ele ainda falou: 'Te dou esse dinheiro, mas você fica me devendo um show.

Ele prosseguiu: "Abri a frangaria em São Paulo e estou vendendo por semana de cem a duzentos frangos. Quem não quer frango tem costela também", comentou, animado. A loja física ainda não foi aberta, mas Ovelha garantiu que a venda em delivery tem feito o negócio valer a pena.

No entanto, a "praia" de Ovelha é mesmo a música. "Canto porque nasci cantor. Na década de 70, eu já ditava moda com meu cabelo longo, óculos de sol e as orelhas furadas. Fui a um show do Luiz Gonzaga e ele me chamou para a bandinha do Camarão, que o acompanhava. Cantava de tudo, forró, maracatu, baião, rock, lambada. Isso me formou. Não sou cantor de um só ritmo, sou do mundo", afirmou, orgulhoso.