Ney Latorraca diz que 'ficou doente' com sucesso: 'Mexeu comigo'
Aos 76 anos, Ney Latorraca já tem quase seis décadas de carreira. O ator, que começou no teatro, ganhou a televisão em 1968, na TV Tupi, como um papel pequeno na novela Beto Rockfeller.
Desde então, Ney, que tinha como padrinho de batismo ninguém menos que o humorista Grande Otelo, conseguiu se estabelecer como uma estrela global por mais de 40 anos. Mas o veterano afirma que o sucesso estrondoso no teatro e na televisão, em produções como "O mistério de Irma Vap" e "Vamp", teve um preço caro em sua vida, dizendo ter "ficado doente" com a fama, que sempre foi seu objetivo.
"O sucesso mexeu comigo, não sabia que o sucesso era tão violento desse jeito. Eu queria tanto aquele sucesso popular e aconteceu. Fiquei com medo na época, fiquei doente", contou o ator em entrevista ao programa Persona em Foco, da TV Cultura, confessando ainda ter "ficado metido" com a popularidade e que essa vaidade lhe atrapalhou na carreira.
"Pago até hoje pela minha vaidade. Pago caro", lamentou ele, sem dar mais detalhes sobre os episódios em que teria "se achado" demais.
Ao comentar os maiores sucessos de sua extensa carreira, Ney confirmou uma "lenda" do teatro brasileiro sobre a influência do pênis dos atores em uma famosa cena de nudez do musical "Hair", de 1969.
Segundo ele, o tamanho da genitália determinava a ordem dos artistas no palco, da maior para a menor parte íntima.
"É verdade, sim. O [Antônio] Pitanga vinha na frente e eu lá no fundo. Eu não estava com essa bola toda e nem estou até hoje", contou, aos risos, lembrando a parceria com o pai de Camila e Rocco Pitanga.
Já no fim da entrevista, Ney ainda revelou que já tem seu testamento pronto.
Sem filhos e casado há mais de 24 anos com o ator e diretor Edi Botelho, ele disse que seu patrimônio, construído principalmente com o trabalho no teatro, será deixado para instituições, como o Retiro dos Artistas e a ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação).
"É um desejo da minha mãe também. Acho que é assim que tem que ser. O que eu ganhei com o teatro tem que voltar para essas causas. Essa é a missão do artista, pelo menos para mim", ponderou.
Assista à conversa completa no player abaixo:
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