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Aos 58 anos, Luiza Brunet diz que não gosta de sexo casual

Luiza Brunet se diz contente com a vida sexual aos 59 anos - Reprodução/Instagram
Luiza Brunet se diz contente com a vida sexual aos 59 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/03/2021 11h03

Luiza Brunet relembrou o início de sua carreira durante participação no programa #Provoca, de Marcelo Tas. A empresária e ativista falou sobre as consequências de ser um símbolo sexual. "Fui muito objetificada nos tempos de modelo. Havia campanhas em que o homem aparecia em uma posição de poder sobre a mulher", contou.

Ela ainda afirmou que a importância do sexo na relação é relativa. "Uma série de coisas envolve um casal para que tenha uma relação gostosa. Tem que ter beijo na boca, carinho e afeto. Não gosto de sexo casual, nunca tive. Apesar de ter sido um símbolo sexual, minhas relações sexuais foram poucas. Posso contar nos dedos [a quantidade de parceiros]."

Hoje, Luiza reflete sobre as propostas indecentes que já recebeu. "Também tinha o lance da mulher que posava nua, que saía na Playboy estava disponível para sexo. As propostas vinham e eu, obviamente, não achava normal e ficava bastante indignada. Hoje em dia, olho para trás e vejo que sofri muita violência moral e sexual", afirmou.

A modelo, que já revelou ter abandonado trabalhos por se recusar a fazer teste do sofá, disse que foi assediada em ambiente profissional. "Fui assediada no trabalho. É difícil ser mulher no mundo, mas é mais difícil ser mulher no Brasil e se fazer respeitar. Consegui isso com atitudes."

Ao ser questionada pelo apresentador sobre as comparações com sua filha, Yasmin Brunet, Luiza afirmou que atrapalhavam a carreira da filha. "As pessoas falavam 'Yasmin se você igual sua mãe, ou se você for parecida com a sua mãe', isso deixou ela realmente muito mal. Ela ficou 11 anos fora do Brasil, em Nova York, numa agência de modelos, e foi onde ela encontrou a autonomia dela. Lá ela não era a filha da Luiza Brunet, ela era a Yasmin.

Sobre os traumas que viveu na infância, Luiza comentou sobre o alcoolismo do pai, a violência doméstica da mãe e os abusos sexuais. "Vi meu pai se tornar alcoólatra, vi minha mãe sofrer violência doméstica, vi minha vida difícil, comecei a trabalhar aos 12 anos de idade, vindo do Mato Grosso pro Rio de Janeiro e sofri um abuso sexual. Essa Luiza está presente na minha vida e todas essas experiências que eu experimentei, foram reais e me deram muita vivência muito cedo", disse.

Aos 58 anos, ela também falou sobre o envelhecimento. "As mulheres não têm que ter medo de envelhecer, elas têm que ter medo de não viver. Envelhecer faz parte. A gente namora, a gente casa, a gente tem orgasmo, a gente é consumidora."