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Geisy Arruda relembra ataque na faculdade: 'Diziam que eu transava na sala'

Geisy Arruda relembra assédio na faculdade - Reprodução/Instagram @geisy_arruda
Geisy Arruda relembra assédio na faculdade Imagem: Reprodução/Instagram @geisy_arruda

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/03/2021 20h46Atualizada em 24/03/2021 14h39

Geisy Arruda, de 31 anos, relembrou hoje o ataque que sofreu na faculdade em 2009. Por usar um vestido rosa, a ex-estudante de turismo foi hostilizada por milhares de alunos.

"Eu tinha 19 anos, eu estava muito na merd*, eu fui humilhada por mais de três mil pessoas. Eu fui esculhambada, me chamaram de tudo quanto é nome. Não tinha um lado bom naquilo", iniciou Geisy, em entrevista ao Venus Podcast.

"Mas a partir do momento em que eu saí do papel de vítima, consegui um advogado e me posicionei, aí eu disse: 'Agora vocês tão fritos na minha mão'", lembrou.

No fatídico dia em que foi assediada na universidade, Arruda pretendia ir para uma festa após a aula. Entretanto, seus planos mudaram por conta do vestido rosa.

"O engraçado é que era um vestido que eu paguei R$ 50, eu comprei na liquidação. Eu amava ele, eu me sentia tão bem dentro dele, ajudava minha autoestima, eu me sentia tão bonita... então eu não entendi porque agrediu tanto as pessoas", comentou a influencer.

Ao falar sobre a possibilidade do episódio, que aconteceu em 2009, acontecer nos dias atuais, Geisy é sucinta. "Sim, muito tempo se passou, mas pouca coisa mudou em relação à mulher. Esses dias eu estava no mercado de vestido longo, passaram dois motoqueiros e quase me comeram viva. O vestido era longo, mas provavelmente me olharam daquela forma porque era justo", lamentou.

Além de assédio, calúnia

Geisy também relembrou que foi alvo de calúnia durante o ataque na universidade.

"As pessoas começaram a falar coisas de mim dentro faculdade, tem histórias bizarras, como uma que dizia que eu estava transando na sala, outra dizia que eu estava sem calcinha, tem outra que eu tinha subido a roupa... cada um inventou uma história de mim para justificar o ataque", memorou ela.

"Quando a polícia chegou, eles comemoraram. Eles acreditaram que eu estava sendo presa por atentado ao pudor. Mas não, a polícia foi me tirar de lá, para me levar para casa, para me proteger deles", acrescentou ela.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no segundo parágrafo, a entrevista original foi para o Venus Podcast, e não para o canal Corte de Venus. A informação já foi corrigida.