Avó, Marcia Imperator ignora estigma do pornô: 'Não sou uma mulher vulgar'
Aos 47 anos, Marcia Imperator não se abala mais com críticas. Em papo sincerão, a musa que já fez a cabeça de muitos rapazes com seus filmes pornô na década de 2000 não se importa em ser alvo de ataques, é segura de sua sexualidade e vive uma nova fase, sendo avó pela primeira vez.
Minha nova fase como avó está maravilhosa! Estou curtindo com meu netinho o que não curti com as minhas filhas. Trabalhava na lavoura quando elas eram pequenas, não consegui aproveitar. Eu passava fome e tinha três filhas para criar sem a ajuda do pai.
Marcia conta que foi essa situação de pobreza que a fez buscar a indústria pornográfica. Graças ao dinheiro que conseguiu no ramo, mudou de vida e deixou a carreira nas produções eróticas para trás.
Não vou dizer que foi um dinheiro fácil, mas veio rápido. Pude criar minhas filhas, parar de passar fome, comprar meu carro, minha casa. Tem meninas que dizem que gostam, mas eu fiz porque precisava. Não teria feito se não fosse pela grana. Os filmes foram a minha liberdade financeira. Juntei o que eu precisava e quando eu vi que era suficiente, deixei o ramo. Se quisesse continuar, estaria fazendo pornô até hoje.
Novas plataformas
O pornô se reinventou. Sites e aplicativos como o OnlyFans viraram uma alternativa que rende muito dinheiro aos produtores de conteúdo, que faturam alto com fotos e vídeos vendidos na plataforma diretamente ao público. Marcia é adepta do Close Friends, um serviço similar voltado para o Brasil. Ela não diz quanto ganha por lá, mas festeja a facilidade do novo empreendimento.
Só produzo conteúdo e vejo o dinheiro cair na conta. Às vezes, em um dia, já consigo produzir para o mês todo! Por enquanto são fotos sensuais, mas talvez tenha conteúdo de sexo mais pra frente... A indústria pornô está falida, mas a pornografia nunca vai sumir. Meu corpo já está exposto em filmes e revistas. Qual o problema de mostrar mais? Burra é quem não está aproveitando.
Assédio e críticas
Mesmo já tendo deixado a indústria pornô há vários anos, Marcia ainda reclama do assédio que sofre por parte de alguns homens.
Não é porque fiz filme pornô que vou ser a mulher fácil, que você pode chegar e passar a mão, falar o que quiser. Não sou uma mulher vulgar. Odeio quem chega dizendo que 'bateu várias' para mim. Que continue batendo então, vai ser eternamente 'punheteiro'. Quando chega um babaca desses perto de mim, eu já dou um 'chega pra lá'. Não aceito mão boba.
Marcia revela que sempre costuma receber dúvidas sobre sexo no Instagram, especialmente sobre masturbação. "Sou muito realizada quanto a sexo. Tem mulher que tem vergonha de se tocar. Eu prefiro mil vezes me tocar e ter um orgasmo do que dar pra qualquer um e me arrepender depois", sugere.
Nas redes sociais, também aparecem as críticas que Marcia costuma ignorar.
Quem me julga queria estar no meu lugar, ter o nome que eu tenho, a coragem que eu tive de dar a cara à tapa. Quero que se danem os que me criticam. Se o ser humano olhasse para o próprio umbigo e deixasse a vida do outro em paz, seria muito mais legal.
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