'Big Stick' no BBB: Leifert usa política violenta como metáfora para João
O apresentador Tiago Leifert fez uma analogia ontem no "BBB 21", ao eliminar o professor de geografia João Luiz, entre o método de política externa dos Estados Unidos no começo século 20, que ficou conhecido como "Grande Porrete" (ou "Big Stick"), e a demonstração de força do participante no reality.
Tinha um presidente americano de muitas décadas atrás que falava, um dos lemas dele, 'fale manso, mas carregue um grande porrete'. O que ele estava querendo dizer é que a força dos americanos, da força militar, era tão tão grande, tão forte, que não precisava ficar mostrando isso o tempo inteiro, e ameaçando o tempo inteiro. Era só falar manso e carregar um grande porrete, que todo mundo ia automaticamente respeitar você, porque as pessoas sabem da sua força. E acho que dá para dizer que todos vocês aí já mostraram a força de vocês. Aliás, vocês entraram todos por causa disso. Mas no BBB não tem como falar mansinho o tempo inteiro só porque você sabe que é forte demais. É preciso exercer a força sempre aí dentro porque foi por causa dela que você entrou no BBB. Sai do jogo hoje quem tem muita força e deveria ter usado bem mais. Quem sai hoje é o João.
A política do "Grande Porrete" do presidente Theodore Roosevelt tinha uma ligação com a Doutrina Monroe, que pregava a imposição da demonstração de força dos Estados Unidos no continente americano.
Enquanto o Reino Unido perdia força e seu protagonismo como potência mundial, os Estados Unidos passaram a "conversar", demonstrando seu grande poder militar que poderia ser usado se achasse necessário, fazendo o "deslocamento do eixo de poder", analisa a professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Carolina Silva Pedroso, em conversa com o UOL
Os EUA se colocaram em um lugar de paternalismo, de liderança, mais desenvolvido, superior. Mas também no que chamamos de imperialista, de decidir os rumos políticos dessa região a partir dos seus próprios interesses.
A política virou um marco da intervenção norte-americana em países da América Central e Caribe, como no caso de Cuba, na época recém-independente, com os Estados Unidos determinando como seria a constituição, e de Porto Rico.
Na América do Sul, o diálogo foi mais brando e "sedutor", ganhando aliados por meio de políticas culturais — como o uso do personagem do "Zé Carioca" — e com o apoio das elites governantes.
Ontem, quase 120 anos depois da implantação do "Big Stick", Leifert usou o discurso para medir a força de João, professor de geografia aqui no Brasil.
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