'Cracolândia é espaço de resistência', diz Colin que vive viciada em série
Leticia Colin interpreta Amanda, uma médica residente de classe média alta, que busca na droga um alívio para suas angústias e para a pressão do dia a dia em "Onde Está Meu Coração", série escrita por George Moura e Sergio Goldenberg.
O primeiro capítulo será exibido na próxima terça (4), na Tela Quente, na Globo. Os demais episódios estarão disponíveis no Globoplay.
Como preparação para o papel, Colin visitou centros de recuperação de viciados, grupos de apoio e até a cracolândia de São Paulo, onde conversou com alguns dependentes químicos.
"Fui na cracolândia que é um lugar de muito afeto, de família, diferentemente do que todo o mundo diz. As pessoas acham que é um espaço de medo e assombro, mas lá as pessoas se protegem, elas têm sonhos e não queriam estar ali. São filhos de alguém, irmãos de alguém, são pais, irmãos. Fiquei muito comovida com as pessoas com que conversei ali."
A atriz se emocionou ao relembrar os encontros com usuários de drogas na cracolândia e disse que a experiência a transformou.
Mudou a minha vida. A gente tem essa mania de apontar de um jeito muito cômodo, por vários motivos. Você olhar no olho e saber que essa pessoa existe, isso é muito potente e transformador. A cracolândia é um espaço de resistência e envolve discussões muito complexas.
Colin reforçou que não esteve lá apenas para observar o ambiente, ela fez questão de conversar com as pessoas e de ouvir histórias.
"Respeito profundamente cada um que me deu um minuto de atenção e sentou ali ao meu lado para conversar. Olho essas pessoas hoje em dia como meus filhos. Ainda mais depois de ter sido mãe. O mundo seria melhor se a gente entendesse que são filhos do Brasil, são cidadãos. A gente não conseguir entender isso é cruel. Nós deveríamos cuidar uns dos outros. A cracolândia me ensinou."
A atriz conversou também com ex-usuários de drogas que venceram a dependência do crack.
"São histórias de vida fascinantes. O dia a dia é difícil para todos nós, mas para quem tem o DNA da dependência química é um pouco mais difícil. Então eu tiro o meu chapéu. Conheci seres humanos maravilhosos."
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