Mônica Martelli chora ao falar de Paulo Gustavo: 'Existe responsável'
Mônica Martelli criticou o lento processo de vacinação no Brasil e afirmou categoricamente que a morte de Paulo Gustavo não foi uma fatalidade durante seu retorno ao "Saia Justa" (GNT) de hoje (12).
Todo mundo que amava o Paulo Gustavo tem que se perguntar: Por que que no Brasil não temos vacina suficiente? A gente tem que se perguntar. Não foi uma fatalidade. Ele era um homem saudável, sem nenhuma comorbidade. Existe responsável para isso (...) Eu fico indignada, mas o que eu sinto mais forte é perplexidade
A apresentadora, que estava em férias, se emocionou ao pontuar que existe vacina para a covid-19 e que sua morte poderia ter sido evitada.
"Na hora que fiz aquela placa, apenas duas doses de uma vacina que já existe, eu tava indignada e eu peguei a jaqueta do Paulo Gustavo em homenagem a ele. Aí lembrei de uma história e comecei a rir (...) Aí você vai pra dor. Aí você volta pra indignação. Mas eu acho que é muito importante a gente dizer que esse luto que a gente tá vivendo, que não é só meu, é de um país, ele tem uma palavra de ordem: Duas doses de uma vacina que já existe. Meu amor, podia ter te salvado e salvado muitas vidas. Isso aí vai ser uma ordem de luta no luto, por Paulo Gustavo".
A gente tem que se perguntar: Por que não temos vacina? Paulo Gustavo foi um militante importantíssimo, muito poderoso. Ele abraçou causas que ajudaram a humanizar esse país. Esse país que agora está tão desumanizado. É um mar de horrores que a gente tá vivendo. (...) Como alguma coisa pode importar na vida de alguém que não seja isso? Agora é luto com luta. Esse sentimento passa também. É como se nada mais na vida pudesse importar
Mônica ainda refletiu sobre o luto pela perda do humorista - que acredita ser sentido por milhões no país.
"Essa dor, que eu tô sentindo, não é só minha. Claro que a intensidade do luto, enquanto mais próximo, você vivencia de outra forma. Mas quantas pessoas não sentiram a perda do Paulo Gustavo como se fosse um amigo?".
Gaby Amarantos endossou a indignação de Mônica Martelli em relação ao atual governo e à falta de vacina. "Eu só consigo pensar nisso. Como a gente vai fazer? A gente precisa ver os culpados atrás das grades. Isso não é uma fatalidade. A gente precisa responsabilizar esse governo que é genocida", frisou a cantora.
Vídeo viral
Mônica Martelli ainda confirmou que a proposta da divulgação do vídeo viral em que Paulo Gustavo pede vacina foi uma ação coordenada pelo grupo de amigos mais próximos do ator.
"Assim que o Paulo foi entubado, fizeram um grupo dos amigos mais próximos para fazer relatório, passar boletim médico. (...) A gente só conseguiu atravessar esse deserto de dor que foram esses 54 dias por causa desse grupo. Ontem, a gente combinou que assim que acabasse a missa, a gente iria postar esse vídeo cobrando vacina. Ele tinha muito medo de morrer. Ele falava toda hora que tinha que tomar vacina. 'Se eu pegar esse negócio, eu vou morrer'", relembrou.
Ela ainda comentou o impacto da missa de sétimo dia em homenagem ao ator, realizada na última terça, 11 de maio.
"Ele afetou a vida de quem passou na frente dele. Até de quem ele não conhecia. Eu olhava pra cada um que tava ali naquela missa e ele potencializou a vida de cada um. É um sentimento de perplexidade que não dá pra acreditar. Paulo Gustavo nunca deixou a vida pra depois. (...) Ele tinha pressa em viver. (...) É muito difícil viver sem isso. É muito difícil imaginar a vida sem ele."
No programa, foi exibido um vídeo com diversos momentos da amizade entre a apresentadora e Paulo Gustavo, ao som de "Halo", de Beyoncé, de quem o ator era fã.
Ao final da exibição, Astrid Fontenelle também se emocionou e tentou consolar Mônica: "O Brasil está te abraçando".
O Saia Justa vai ao ar toda quarta-feira, às 22h30, no Canal GNT.
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