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Zezé Di Camargo detalha isolamento na fazenda: 'Difícil me tirar daqui'

Zezé di Camargo - Reprodução/Instagram
Zezé di Camargo Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/06/2021 08h01

Zezé Di Camargo detalhou como tem sido o período de isolamento por conta da pandemia de covid-19 em sua fazenda, "É o Amor", em Araguapaz, a 260km de Goiânia (GO). Em uma entrevista para o jornal Extra, o sertanejo disse estar feliz por poder curtir o local, longe da cidade grande.

"Desde quando eu me casei (pela primeira vez, com Zilu), não tinha tido um contato tão intenso com meus pais. Além da companhia da Graciele (sua noiva), passei meses curtindo o meu pai (Francisco, que morreu em novembro do ano passado) e cuidando da minha mãe (Helena). Minha irmã Marlene também veio pra cá com a gente. Está gostoso, vai ser difícil me tirar daqui. Comecei a perceber como a vida é simples, a gente é que complica. Fica na correria dentro de carro e avião, de um lugar a outro... Não quero mais isso, não — desabafa Zezé, por chamada de WhatsApp, já que por lá não pega nem sinal de celular", afirmou ele, que ficou oficialmente noivo de Graciele Lacerda no dia dos namorados, no último fim de semana.

Ele e sua dupla, Luciano, que neste 2021 completaram 30 anos de carreira, estão "separados" por conta da quarentena:

"Enquanto a gente não pode fazer shows, deixa ele lá em São Paulo, curtindo a vida dele com as filhas e a esposa, e eu fico aqui com o meu interior. Sem separação, mas numa relação aberta. Um descansa do outro, sem briga nem nada, só pra gente ver que existe vida além da parceria. Que pena que os casamentos não podem ter isso, né? As pessoas voltarem a se encontrar só quando sentirem saudade. Quando eu e Luciano nos reunirmos de novo, a vontade de duetar vai estar muito mais aguçada", disse ele, que continuou contando sua rotina na fazenda:

"Em fazenda, como o nome já diz, a gente está sempre fazendo. Aqui eu crio gado. E estou planejando uma horta grande. Minha mãe adora cultivar, e ainda precisamos comprar vegetais e legumes em Goiânia para consumo. Então, quero produzir aqui pra gente comer e doar o que sobrar. Vai ser bom, terapêutico pra ela. Antes das 3h, é muito difícil eu ir pra cama. À meia-noite, estou superativo. Acordo às 10h e vou fazer minha musculação. Se começo a cantar e percebo que a voz está boa, corro pro meu estúdio caseiro e gravo. Não preciso mais pegar trânsito com esse objetivo", analisou.

"Tinha um cômodo aqui que eu usava como escritório. Tirei tudo de dentro e trouxe equipamentos de gravação: computador com sistema pro tools, microfone profissional... Para criar um ambiente em que o som não reverberasse, peguei uns colchões no quarto de hóspedes, empilhei um em cima do outro e fiz uma casinha acústica, onde eu canto no meio. Eu componho por impulsão. Fazer música, pra mim, não é um exercício, mas um exorcismo. Preciso jogar para fora uma ideia. A fazenda não me inspira mais do que outros lugares. Quando estou aqui, quero mais é pensar em nada", finalizou.