Salma Hayek conta que não revelou assédio a Penélope Cruz para 'protegê-la'
Salma Hayek contou que não revelou os assédios que sofreu de Harvey Weinstein à sua amiga, Penélope Cruz. A atriz, de 54 anos, acusou o produtor de cinema americano Harvey Weinstein de assédio e ameaça em 2017. Em entrevista à revista de estilo do jornal Sunday Times', Hayek afirmou que não relatou a Cruz os episódios de agressão e coação, que ocorreram durante as gravações do filme "Frida" em 2002, com a intenção de protegê-la.
"Algumas pessoas ficaram muito bravas comigo, como Penélope, mas eu estava a protegendo. Eu fiquei de olho nas interações deles e ele nunca foi atrás dela. [A produtora de Weinstein, Miramax] estava fazendo os melhores filmes. Ela não tinha o meu problema e, se eu a dissesse, isso teria afetado suas escolhas em coisas que seriam boas para a carreira dela", contou.
A atriz tornou públicas suas acusações contra o magnata da indústria do entretenimento em um artigo publicado no jornal New York Times intitulado "Harvey Weinstein também é meu monstro". Na entrevista, Hayek também contou como foi o processo de escrever o texto.
"Antes de escrever o artigo, eu achei que tinha sobrevivido a aquilo brilhantemente e já estava encerrado. A ponto de poder vê-lo e sorrir e fingir que tudo estava bem. Eu me segurei, eu fui muito forte. Ele não conseguiu o que queria de mim e fiz o filme que era tão importante, tão significativo para mim, para minha espécie, e quando eu digo minha espécie não quero dizer só os mexicanos. Quero dizer meu tipo de mulher", disse. "Frida é uma mulher que disse: 'Eu não sou uma mulher que será como qualquer outro, eu irei lutar pela minha individualidade'", continuou.
Hayek, no entanto, disse que sua relação com o acontecido mudou rapidamente.
"De repente, o trauma voltou. Eu achei que eu estava completamente curada, mas estava só escondido. Voltou, do nada, e eu levei muito tempo para entender como eu tinha que lidar com aquilo", finalizou.
Atualmente, o ex-produtor de Hollywood Harvey Westein cumpre sentença de 23 anos de prisão por casos de estupro e assédio sexual.
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