Justiça da Pensilvânia anula condenação por agressão sexual de Bill Cosby
A Suprema Corte da Pensilvânia (Estados Unidos) anulou hoje a condenação de Bill Cosby por agressão sexual, de acordo com informações da AP, e o comediante foi solto hoje do presídio em que estava, no Condado de Montgomery.
Cosby, que interpretava uma figura paterna amável no sucesso televisivo "The Cosby Show" nos anos 1980, foi considerado culpado de drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand, uma ex-administradora da Universidade Temple, em sua casa na cidade de Filadélfia em 2004.
Com quatro votos a favor e 3 contra, os juízes decidiram que o promotor do caso, Kevin Steele, deveria cumprir uma promessa feita pelo seu antecessor, que garantiu a Cosby que não o denunciaria.
O ator confiou na promessa e deu um depoimento que a Justiça da Pensilvânia considerou potencialmente incriminador. No entanto, não há provas escritas que registrem essa promessa.
[A anulação] é o único remédio que atende às expectativas razoáveis da nossa sociedade em relação a seus promotores eleitos e nosso sistema de justiça criminal. [A prisão é] uma afronta à justiça fundamental, especialmente quando resulta em um processo criminal que foi esquecido por mais de uma década.
Diz a decisão da Corte.
Ele já cumpriu 2 anos de pena dos 10 que foi condado a cumprir. Na prisão, o comediante se recusou a reconhecer o crime e, portanto, não participou dos programas para criminosos sexuais que poderiam reduzir seu tempo de detenção.
Na petição à Suprema Corte da Pensilvânia, os advogados também argumentaram que Cosby foi injustamente condenado pelo júri após um juiz permitir que várias mulheres, além de Constand, testemunhassem sobre os abusos sexuais do ator contra elas.
A Suprema Corte do Estado considerou que esses depoimentos adicionais contaminaram o processo. A ideia inicial teria sido ouvir testemunhas que também alegavam ser vítimas do comediante para traçar um perfil de comportamento.
Com o veredicto, Cosby havia se tornado a primeira celebridade a ser condenada após os escândalos da era #MeToo.
*Com informações da Reuters
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