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Tico Santa Cruz rebate críticas à vacinação após morte de Tarcísio Meira

Tico Santa Cruz rebate críticas à vacina após morte de Tarcísio Meira, que estava vacinado contra a covid-19 - Reprodução/Instagram/Divulgação/Globo
Tico Santa Cruz rebate críticas à vacina após morte de Tarcísio Meira, que estava vacinado contra a covid-19 Imagem: Reprodução/Instagram/Divulgação/Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/08/2021 13h23

Tico Santa Cruz se revoltou com as críticas às vacinas contra a covid após a morte de Tarcísio Meira, que faleceu nesta manhã em decorrência da doença e já estava imunizado.

Bolsominions, a vacina tem mais de 80% de garantia pra não evoluir pra quadros graves! Se estivéssemos vacinando DESDE o início, a pandemia já estaria sob controle, fazendo com que pessoas idosas como o Tarcísio Meira, e outras muitas pessoas, pudessem ter sido POUPADAS! Monstros. escreveu o cantor

Tarcísio estava internado desde o dia 6 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, junto com a esposa, a atriz Glória Menezes, 86, também imunizada, mas infectada pelo vírus. Enquanto ela se recupera em um quarto, o marido estava intubado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), passando por "diálise contínua" por problemas nos rins.

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Aproximadamente 9.878 brasileiros que morreram por covid-19 no Brasil já haviam tomado as duas doses ou a aplicação única do imunizante da Janssen — número que representa aproximadamente 3,7% do total de mortos — e 28.660 pessoas vacinadas foram internadas no período, segundo pesquisa da Info Tracker, das universidades estaduais USP e Unesp.

Os dados foram colhidos do Ministério da Saúde entre 28 de fevereiro —quando as primeiras pessoas no Brasil concluíram a janela de imunização— e 27 de julho. A plataforma não levou em consideração o tipo de vacina porque o campo com essa informação nem sempre é preenchido.

Vacina não é "solução mágica"

De acordo com o imunologista Gustavo Cabral, colunista de VivaBem, as vacinas disponíveis atualmente no Brasil são seguras e bastante eficazes. No entanto, segundo ele, nenhuma vacina —e não apenas as que feitas contra o novo coronavírus— protege 100%. "Elas não são um 'escudo mágico'", diz o médico.

No caso das mortes de pessoas que foram imunizadas, o especialista afirma que é preciso levar em consideração as características desses indivíduos. Idade, comorbidades e condições médicas específicas podem agravar os quadros da doença mesmo após a imunização completa.

Entre os idosos, por exemplo, é comum que o sistema imunológico sofra um declínio natural de suas funções com o avançar dos anos —um processo natural chamado de imunossenescência.

Com isso, é possível que o estímulo fornecido pelas vacinas não seja suficiente para gerar uma resposta imune satisfatória contra a doença. Com isso, os indivíduos desse grupo podem ficar mais suscetível às contaminações —embora seja importante reforçar que esses casos não são considerados uma regra.