Em vídeo, avó de Nego do Borel pede que deem 'mais uma chance a ele'
Dona Elza, avó de Nego do Borel gravou um vídeo em que sai em defesa do neto, participante de "A Fazenda 13" (RecordTV), e pede que as pessoas "deem mais uma chance a ele". A gravação foi publicada ontem nas redes sociais do funkeiro.
Desde a madrugada de ontem, as redes sociais foram tomadas pela hashtag 'Assédio na Record'. Os fãs do reality se referiam a um comportamento de Borel em relação à participante Dayane Mello. O cantor, que chegou a trocar selinho com a peoa durante a primeira festa do programa, teve o pedido de um beijo negado e, ao deitar ao lado da modelo, tentou novamente abraçá-la, e segurou o rosto da participante, que mostrou incômodo e tirou a mão do funkeiro.
Borel também irritou seus colegas de baia após a primeira festa, arremessou um balde na direção de Day e o estrondo assustou todos os peões.
"Olá, pessoal, boa tarde, tudo bem? Meu nome é Elza, eu sou avó do Nego do Borel, o Leno Maycon", diz ela no início da gravação. Elza continua dizendo que o neto é um menino pobre que nasceu na comunidade do Borel, na zona norte do Rio de Janeiro, e que a família teve uma vida muito difícil. "Nós catávamos latinha para poder nos alimentar."
Eu queria pedir aos senhores que dessem mais uma chance para vocês conhecerem quem é o Leno Maycon, tá? Dá mais uma chance pra ele. Ele é um menino bom, educado, sofreu muito nessa vida e merece uma chance Dona Elza, avó de Nego do Borel em vídeo
O UOL buscou especialistas para entender se a cena poderia ser considerada assédio e, caso confirmado, quais seriam as medidas que deveriam ser tomadas pela Record.
Procurada, a assessoria jurídica do cantor enviou uma nota e apontou que a hashtag levantada — segundo eles, pelo "tribunal da internet" — é algo que "ultrapassa os limites da liberdade de expressão". Já a Record não se manifestou.
Importunação ou estupro de vulnerável:
De acordo com o Código Penal, o crime de tentar ficar com uma pessoa alcoolizada pode configurar estupro de vulnerável. Quando a vítima não consegue oferecer resistência ao ato por qualquer motivo, a condenação pode ser de 8 a 15 de anos de prisão. No caso de estupro sem o agravante, é de 6 a 10 anos.
É considerado estupro, segundo a legislação, quando quando uma pessoa constrange a outra a praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso mediante força ou grave ameaça.
Já de acordo com a Lei da Importunação Sexual, qualquer ato não consentido - como beijar à força e passar a mão pelo corpo do outro sem autorização - pode configurar uma pena de 1 a 5 anos de prisão.
Como denunciar violência
Caso a vítima tenha sofrido violência sem ferimentos graves, ela pode recorrer imediatamente à Delegacia da Mulher, se existir essa unidade em seu município, ou à delegacia de Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência.
Quando houver ferimentos graves, com necessidade de pronto atendimento, a unidade de saúde ou hospital deverá fazer o encaminhamento ou orientar a paciente para que procure a delegacia de polícia. Na maioria dos casos com internamento, o próprio hospital confirma a violência e avisa a Polícia Civil.
Deve ser acionado em caso de flagrante ou em que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento
Pode ser usado para denunciar anonimamente a violência. As informações serão conferidas pela polícia.
A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas. A ligação é gratuita, anônima e disponível em todo o país.
Ministério Público
Acesse o site do Ministério Público do seu estado e saiba qual a melhor forma de fazer a denúncia. Alguns estados possuem, inclusive, núcleos de gênero especializados em atender mulheres vítimas de violência.
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