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Veredito em caso de Depp contra jornal que o acusou de espancar esposa sairá em novembro

Ator Johnny Depp durante chegada à Suprema Corte de Londres - JOHN SIBLEY
Ator Johnny Depp durante chegada à Suprema Corte de Londres Imagem: JOHN SIBLEY

Por Michael Holden e Estelle Shirbon

De Londres

27/10/2020 11h37

Johnny Depp descobrirá no dia 2 de novembro o desfecho de sua ação de difamação contra um jornal britânico que o rotulou de "espancador de esposa", um veredito que pode ter um impacto duradouro em sua carreira.

Depp, de 57 anos, processou a News Group Newspapers, que publica o The Sun, e um de seus jornalistas, Dan Wootton, por causa de um artigo de 2018 segundo o qual o ator foi violento com sua ex-esposa, a atriz Amber Heard, de 34 anos. O texto também questionava sua escalação para a franquia de filmes "Animais Fantásticos e Onde Habitam".

Tanto Depp quanto Heard depuseram diante do juiz Andrew Nicol durante uma audiência de três semanas na Alta Corte de Londres, expondo suas vidas pessoais tumultuadas e fazendo alegações de abusos domésticos graves, consumo de drogas e casos extraconjugais.

O casal se conheceu filmando "Diário de um Jornalista Bêbado" em 2011 e se casou em fevereiro de 2015, mas Heard pediu o divórcio 15 meses depois.

Depp disse à corte que nunca foi violento com a ex-esposa, que ela estava mentindo e que ela o agrediu em várias ocasiões, acrescentando que perdeu a ponta de um dedo depois que ela o atingiu com uma garrafa de vodca durante uma briga.

Heard disse que Depp se transformava em um alter ego egoísta, "o monstro", depois de exagerar no consumo de drogas e álcool. Ele ameaçou matá-la com frequência, disse ela nas audiências, detalhando 14 ocasiões de violência extrema nas quais o ator a sufocou, esmurrou, estapeou, golpeou com a cabeça, estrangulou e chutou.

20/07/2020 - A atriz americana Amber Heard acena ao chegar para depor na Suprema Corte, em Londres - JUSTIN TALLIS/AFP - JUSTIN TALLIS/AFP
20/07/2020 - A atriz americana Amber Heard acena ao chegar para depor na Suprema Corte, em Londres
Imagem: JUSTIN TALLIS/AFP