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Record desmente comunicado interno e diz que "Pica-Pau" continua na casa

Comunicado da Record sobre o fim da exibição de "Pica-Pau" - Reprodução
Comunicado da Record sobre o fim da exibição de "Pica-Pau" Imagem: Reprodução

Colunista do UOL*

04/12/2015 12h53

Depois de nota aqui publicada, informando que o contrato com a distribuidora Universal não foi renovado e não poderia ser mais exibido, o "Pica-Pau" virou uma novela pior que “Os Dez Mandamentos”. Dentro e fora da Record.

A emissora, de forma oficial, informa que o comunicado - abaixo e publicado na íntegra - que a coluna tem em mãos foi “editado” por nossa fonte e não corresponde com a verdade – “o contrato foi renovado há alguns dias”. E que o seu “conteúdo foi mal interpretado”.
 
A Record, no entanto, se nega a apresentar o “comunicado original” que permita comprovar a “edição”, informando que é um documento interno. 
 
O desenho "Pica-Pau", depois de outras emissoras como Globo e SBT, chegou à Record em meados de 2006, e logo se tornou a alegria da sua diretoria ao levantar a audiência da emissora em qualquer horário que fosse apresentado.
 
Chegou a ser chamado por executivos do canal de “o novo Chaves" da TV brasileira.
 
O desenho conquistou importantes vitórias contra o programa “TV  Xuxa”, exibido aos sábados, na Globo; fez ainda relativo sucesso nas manhãs de domingos e na grade diária, à tarde. Mas, apresentado à exaustão, como “Chaves” no SBT, o desenho perdeu força.
 
A íntegra do comunicado que a coluna teve acesso:
 
“Proibição de Exibição de Conteúdo Sem Autorização da Diretoria de Apoio à Programação:
 
Diretoria de Apoio à Programação de Rede para Todas as emissoras da Rede e Afiliadas.
 
A partir da data de hoje [quinta-feira], as Emissoras filiadas e afiliadas NÃO podem exibir especificamente o desenho PICA-PAU em sua grade de Programação local. O Produto citado não está com o contrato vigente e é importante ressaltar que a sua exibição indevida acarretará em consequências punitivas e multas de ordem contratual para a emissora que não cumprir. Ficamos à disposição para dirimir eventuais dúvidas”.
 
Uma situação que seria cômica não fosse extremamente ridícula.
 
*Colaboração José Carlos Nery