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Paola diz que "MasterChef" está mais difícil: "Sem cozinheiro atrapalhado"

Paola Carosella diz estar mais confortável diante das câmeras: "Nessa terceira edição, eu chego mais leve" - Reprodução/Facebook/Paola Carosella
Paola Carosella diz estar mais confortável diante das câmeras: "Nessa terceira edição, eu chego mais leve" Imagem: Reprodução/Facebook/Paola Carosella

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

15/03/2016 07h00

Jurada de duas edições do "MasterChef Brasil" ao lado de Henrique Fogaça e Eric Jacquin, Paola Carosella diz que o nível dos 21 participantes está mais elevado nesta temporada. De acordo com a chef, competidores demonstram estar mais confiantes na disputa que já tem cerca de um mês de gravações e estreia nesta terça-feira (15), na Band.

"Sinto que os participantes estão mais calmos, não estão atrapalhados. Não vamos ver um Mohamad nas bancadas (risos)", disse ela, referindo-se ao aspirante a troféu MasterChef que não era muito adepto da organização na cozinha e que virou queridinho do público feminino. "Tem muito mais talentos e pessoas que cozinham bem. Vai ser difícil para eles e para nós escolhermos", completou.

A chef argentina diz que não há fórmula para vencer o "MasterChef", mas ter alguma cautela pode ser importante para se dar bem na competição. "Um prato nunca pode representar um desafio que vai além da capacidade. Se o salto é muito longo, você não vai conseguir pular. Não pode fazer aquilo que não sabe porque não dará certo. Dentro dos limites de cada talento, é preciso apresentar algo que seja autêntico. A gente se influencia por muitas coisas, mas é necessário ver que o cozinheiro não está só copiando", afirmou.

A experiência em duas temporadas com cozinheiros amadores e uma com crianças faz com que Paola esteja mais tranquila em frente às câmeras. Ela acredita que a adaptação dela e dos companheiros Fogaça e Jacquin seja mérito do trabalho feito pela equipe do programa, como o diretor Patrício Diaz e a apresentadora Ana Paula Padrão.

"Não sei se mudei como jurada, mas todos nós [os jurados] nos sentimos mais confortáveis. Todo esse cenário da televisão já não é mais tão desconhecido. Imagina, na primeira temporada chegaram três cozinheiros, que já são de uma profissão que não é a mais sociável do mundo – a gente conversa com alfaces. Foi chocante. Nessa terceira edição, eu particularmente chego mais leve. Adoro trabalhar com a Ana, Jacquin e Fogaça. Gosto de estar perto deles. É divertido", disse.

Henrique Fogaça, Ana Paula Padrão, Paola Carosella e Erick Jacquin - Divulgação - Divulgação
Henrique Fogaça, Ana Paula Padrão, Paola Carosella e Erick Jacquin
Imagem: Divulgação

Participantes "experts"

Nesta terceira temporada, Ana Paula Padrão promete uma seleção de participantes tão talentosa no fogão quanto pronta para jogar. Em entrevista ao UOL, a apresentadora disse que os cozinheiros estão mais estratégicos e perderam a inocência das primeiras edições.

"A diferença para as duas outras edições é que eles [participantes] já vêm muito preparados como personagens e trazem uma estratégia muito elaborada e não são mais tão inocentes. Eles já viram as outras edições, entenderam que arriscar demais e ficar no topo é um fator que leva ao fracasso porque no dia em que se arrisca demais e erra, está fora. Eles já entenderam que ganha a competição quem está sempre no meio, quem tem um desempenho médio. Isso não é talento culinário, é estratégia. Essa edição é para os fortes", afirmou.

As provas, diz a apresentadora, estão "mais audaciosas". Com desafios inspirados no formato lá de fora, o programa desafiará os participantes a prepararem uma refeição para 200 pessoas de uma unidade do Corpo de Bombeiros e a disputarem outro teste em uma escola de samba do Rio. Serão 25 episódios na disputa pelo prêmio de R$ 150 mil, uma bolsa de estudos na escola de gastronomia Le Cordon Bleu, em Paris, e o troféu MasterChef. Os dois finalistas ganharão R$ 1 mil por mês durante um ano em compras em um supermercado. A final está prevista para início de agosto. 

Conselho de vencedora

Izabel, que venceu a segunda edição "MasterChef Brasil", diz que ter estudado a ajudou muito durante o programa  - Lucas Ismael/Band - Lucas Ismael/Band
Izabel, que venceu a segunda edição "MasterChef Brasil", diz que ter estudado a ajudou muito durante o programa
Imagem: Lucas Ismael/Band
Segunda vencedora do "MasterChef Brasil", Izabel Alvares vê a vitória no programa como resultado de muita dedicação e também um pouco de sorte. "O principal é refletir sobre aquilo que você não sabe fazer e tentar estudar tudo o mais rápido possível, nem que seja vendo vídeos e tentando decorar [as receitas]. Isso para mim foi essencial. Não dá para saber o que vai acontecer, mas fui anotando tudo e estudando", falou.

Ela, que antes do programa trabalhava como produtora de eventos, atribui ao "MasterChef" uma mudança significativa em sua vida. "Mudei de área, então essa é uma das maiores mudanças [que o programa proporcionou]. Estou bem mais autoconfiante e me sentindo muito melhor. O 'MasterChef' foi um aprendizado", afirmou.

Izabel ganhou, como prêmio pela vitória no "MasterChef", R$ 150 mil e um curso de gastronomia na escola Le Cordon Bleu, em Paris. "Vou fazer o curso no segundo semestre e por isso estou estudando francês e trabalhando para juntar dinheiro. Não mexi no prêmio porque quero investir no meu próprio negócio com esse dinheiro", contou.